Dia dos professores: “O educador acredita num mundo melhor”

O dia dos professores é comemorado todo ano em 15 de outubro. A criação da data se deu em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682/63.

Para a educadora Maria Aparecida Santos César, vice-diretora de uma creche municipal da cidade de Taubaté (SP), nessa data o professor tem muito a comemorar.

“Temos que comemorar tudo, porque o professor sempre ensina algo e sempre acredita num mundo melhor, pois o que ele faz na escola chega até a casa dos alunos, até os pais, contribuindo também para a formação de uma família melhor”, disse.

Mara Aparecida é educadora há quase 20 anos e escolheu a profissão após educar nove filhos e, quando decidiu cursar pedagogia, quatro de seus filhos também entraram para a faculdade junto com a mãe.

A educadora, que se apoia na fé para exercer a profissão, acredita que o trabalho tem que ser feito também com coração.

“A pedagogia e a fé tem que caminhar juntas. Eu não consigo trabalhar se não contar com a oração”, afirma.

A escola sempre conta com o apoio dos pais para a realização completa do ensino, mas Maria Aparecida reforça que a maior parte da educação é responsabilidade da família:

“Aos pais eu sempre digo que temos que caminhar juntos, mas eles precisam se conscientizar de que são os principais responsáveis pela educação dos filhos. Eles fazem a maior parte, por isso é importante que respeitem o ser desde pequeno”.

Há muitas dificuldades no exercício da profissão de professor, como em muitas outras profissões, mas para Maria Aparecida a falta de amor entre as famílias é um dos problemas que os alunos mais refletem na escola.

“Para mim, o desamor nas famílias é a situação mais difícil da profissão. Eu sinto muito quando percebo que uma criança não tem amor em casa”.

Embora haja problemas, Maria Aparecida conta o que é mais prazeroso na arte de educar.

“O melhor de tudo é saber que, de qualquer modo, estamos sempre ensinando alguma coisa às crianças que estão ali sempre dispostas a aprender. Não há dinheiro que pague essa satisfação”, finaliza.

Maria Aparecida conta que atua em uma creche com crianças de 04 meses a 6 anos, pois acredita ser a fase mais importante da formação dos pequenos. Além disso, se orgulha em dizer que todos os seus nove filhos também são professores.