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Dia Nacional de Combate ao Fumo reforça a importância de abandonar o vício do cigarro

Celebrado no dia 29 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é uma oportunidade para repensar o vício que mata seis milhões de pessoas no mundo todos os anos

Foto de: Marcelo Camargo

tabagismo

Lei Antifumo Nacional passa a valer a partir de 2 de
dezembro.

De acordo com levantamento divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, o número de fumantes no Brasil caiu nos últimos oito anos. A parcela de brasileiros com mais de 18 anos que fumam caiu de 15,7%, em 2006, para 11,3% em 2013. Apesar da queda, 25 milhões de brasileiros ainda fumam e uma porcentagem significativa é dependente da nicotina. O tabagismo é responsável pela morte de aproximadamente 200 mil pessoas por ano no país.  

Segundo Dr. Oliver Nascimento, pneumologista e presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o tabagismo causa mais de 50 tipos de doença, entre elas Doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC.

“Além disso, os fumantes possuem imunidade mais baixa que os não fumantes e estão mais suscetíveis a contrair doenças como gripes, tuberculose e pneumonia”, explica o especialista.

A DPOC é uma das doenças de maior incidência em decorrência do tabagismo. Apresenta uma evolução progressiva, que engloba bronquite e enfisema pulmonar.

Em 90% dos casos, a fumaça do cigarro é a principal causa. A doença mata cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil e, de acordo com projeções da Organização Mundial da Saúde, essa será a terceira maior causa de morte no mundo até 2030.

O cigarro contém 4.720 substâncias, das quais cerca de 60 são cancerígenas. Inalar a fumaça não causa somente problemas respiratórios como a DPOC, mas pode aumentar o desenvolvimento de vários tipos de câncer, como o de mama por exemplo.

Regulamentação da Lei Antifumo Nacional

De acordo com a coordenadora de Vigilância de Agravo e de Doenças não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, as ações em curso para inibir o fumo em locais fechados têm obtido resultados significativos na queda da prevalência do fumo passivo.

“Já verificamos uma redução do fumo passivo no domicílio, de 12,7% [em 2009] para 10,2% [em 2012]. No local de trabalho, caiu de 12,1% para 9,8%”, acrescentou. Os dados são do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2013.

A regulamentação da Lei Antifumo Nacional, cujas regras passam a valer a partir de 2 de dezembro, terá impacto ainda maior na queda do número de não fumantes, que hoje são obrigados a inalar fumaça de cigarro. Entre os pontos mais relevantes está a proibição do fumo em locais de uso coletivo, públicos ou privados (como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo). A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda.

“Além disso, o decreto prevê que o espaço de advertência nos maços seja ampliado em 30%. Já temos 100% no espaço frontal, 100% na lateral e após 2015 teremos mais 30% no espaço dos maços”, lembrou Deborah.

Combate ao Tabagismo

A página do Instituto Nacional de Câncer (INCA) na internet apresenta dados e números recentes sobre o Programa Nacional de Controle do Tabagismo.

Acesse: www.inca.gov.br/tabagismo

 

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