Grávidas não devem abrir mão do cinto de segurança

Cerca de 42 mil pessoas morrem anualmente vítimas dos acidentes de trânsito no Brasil e o número de feridos é ainda mais alarmante. Os dados são do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Foto de: horadopasseio.com.br

O cinto na forma de três pontos é o mais indicado

Entre as crianças menores de 15 anos, essa é a principal causa de morte. Também as gestantes acabam sendo vítimas, pois desconhecem a importância e maneira correta de usar o cinto de segurança durante a gravidez.

Esta semana, o site da Pastoral da Criança está alertando sobre a proteção do uso do cinto de segurança tanto para as gestantes, quanto para o bebê.

No último domingo (03), uma gestante faleceu durante um acidente de trânsito na grande Curitiba (PR). Informações da Polícia Rodoviária Federal mostram que ela não estava usando o cinto de segurança e foi projetada para fora do carro, no momento do acidente.

Dr. Alberto Sabbag, médico e diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), alerta que gravidez não é motivo para abandonar o cinto de segurança.

“Seja por desconforto, medo de machucar o bebê ou falta de costume, não há desculpas para não usá-lo. Nas viagens de ônibus, onde o cinto usado é o subabdominal, seu uso também é obrigatório. O uso do cinto é imprescindível, mesmo quando houver apenas este tipo", explica Dr. Alberto Sabbag. 

O diretor do Departamento de Medicina e Tráfego Ocupacional, Dr. Dirceu Rodrigues Alves Junior, alerta para os riscos de postura, vibração, movimentos bruscos da gestante na direção e, principalmente, do uso incorreto do cinto de segurança.

O médico expõe, de forma clara, o nível de proteção exercido pelo cinto de segurança em cada parte do corpo – quadril, 100%; coluna, 60%; cabeça, 56%; tórax, 45%; abdômen, 40%.

“Poucas grávidas são informadas e educadas sobre os efeitos benéficos que o uso do cinto traz, enquanto outras alegam desconforto, medo ou até esquecimento habitual”, acrescentou.

Para garantir a sua segurança e a do bebê, a gestante precisa saber como colocá-lo para evitar incômodos. Veja o que a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) recomenda (informações do site da Pastoral da Criança): 

O cinto na forma de três pontos é o mais indicado – o outro tipo mais comum é o sub-abdominal, encontrado em ônibus, avião e no banco traseiro de alguns automóveis; 

A faixa diagonal (também chamada superior ou pélvica) deve passar no meio do ombro, depois entre os seios e ficar lateralmente ao abdômen, nunca sobre ele; 

A fita subabdominal – ou inferior – deve ser encaixada no quadril, abaixo da barriga, na região superior das coxas; 

Nunca coloque a faixa superior debaixo do braço ou da axila;

Não se sente sobre a faixa inferior com a intenção de usar apenas a superior; 

Em veículos com airbag, afaste o banco o máximo possível. Quando estiver dirigindo, deixa a uma distância confortável em que consiga alcançar o volante e os pedais do carro de forma adequada. Os benefícios do airbag são superiores aos riscos que ele oferece à grávida. 

A página do Detran/PR orienta que as gestantes devem usar o cinto de três pontos, que distribuiu melhor o impacto sobre a sua estrutura corporal.

A parte diagonal deve passar no meio do ombro e entre as mamas e a parte subabdominal deve ficar exatamente na articulação do quadril, assim as tiras do cinto de segurança não passarão em cima da criança.