Um dos gestos mais significativos durante o Tríduo Pascal, se da durante a Celebração da Paixão do Senhor. Após ser entronizada solenemente, a Cruz de nosso Senhor é adorada por toda a assembleia celebrante, reunida para celebrar a memória da morte do seu Senhor.
Foto de: Anna Laura Barreto/A12.com
Os gestos de adoração, podem ser expressados das mais diversas formas, como a genuflexão diante do madeiro santo, ou outras expressões segundo as diverssas tradições culturais. No Brasil e em outras partes do mundo, encontramos a tradição do beijo. O ato de beijar, revela proximidade, relação, intimidade.
Como batizados participamos da intimidade de Cristo, porque fomos incorporados ao seu corpo. Por isso, reunidos para celebrar a memória da sua paixão e morte, adoramos a Cruz porque temos a consciência, de que após a morte de Cristo, ela já não é mais um símbolo de condenação ou escravidão, mas sinal e penhor de vida nova.
Ao nos aproximarmos dela a beijamos, porque sabemos que beijamos o coração, daquele que por ela foi sustentado e do alto do calvário apresentado como a salvação de toda a humanidade.
Uma das antífonas apresentas para ser cantada durante o momento da adoração da Santa Cruz assim nos diz: “Adoramos, Senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio alegria para o mundo inteiro por esta cruz que hoje veneramos!” Este refrão nos recorda que só podemos fazer a experiência da ressurreição, se passamos pela experiência da cruz.
Experiência que vivenciamos como cristãos, quando em comunidade buscamos superar todas as amarras do egoísmo humano, que nos impedem de viver plenamento como livres filhos amados de Deus.
Na sexta feira santa, os corações dos discípulos vivem a experiência do luto, do silêncio que nos ajuda a meditar sobre o mistério da morte. Mas todavia, tal reflexão nos prepara para a alegria da ressurreição de nosso Senhor, que nos ajuda a compreender que como discípulos dele, estamos inseridos neste mundo, mas caminhando para a eternidade, onde viveremos felizes com o nosso Senhor e Redentor.
Ao nos aproximarmos da Cruz de Cristo para contemplá-la e beijá-la, levamos em nossos corações o sincero desejo de servir ao Senhor, na construção de seu reino.
Neste ano como Igreja a campanha da fraternidade nos convidou a meditar sobre o gesto do serviço generoso da Igreja, em prol da construção de uma sociedade justa e solidária. Ao nos aproximarmos da cruz de Cristo para contemplá-la e beijá-la, levamos em nossos corações o sincero desejo de servir ao Senhor, na construção de seu reino.
Ao Pai rezamos: “Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso filho, e assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo” (Oração da coleta II, Celebração da Paixão, Missal Romano).
Aproxime-nos do Santo Madeira e o contemplemos com um coração aberto e livre, para abraço-lo como o Senhor nos convida a fazer em seu evangelho. Respondendo ao apelo do Espírito, que nos convida através do Papa Francisco a sermos uma “Igreja de Saída”, que vai ao encontro dos crucificados de nosso tempo, dos homens e mulheres lançados aos sub-mundos das periferias existênciais, que destrõem o mais belo dom de Deus, a vida humana.
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