Certa vez, uma aluna de dez anos apareceu na escola, após a matrícula, com uma cicatriz grande e feia no rosto. A professora lhe pediu que, para não assustar as outras crianças, ela ficasse em um lugar isolado e só entrar na classe depois que todos já estivessem acomodados.
Depois de combinado isso, a professora perguntou à menina o que aconteceu. Ela explicou: “Estourou o bujão de gás e pegou fogo na minha casa. O fogo se alastrava rapidamente. A mamãe conseguiu ir ao quarto e retirar o meu irmão de quatro anos. Mas o bebezinho ficou lá, no berço.
As chamas eram altas. Eu queria ir ao quarto, mas todos diziam que não, pois eu também morreria.
Eu consegui escapar, fui rapidamente ao quarto, peguei minha irmãzinha, que estava chorando, e saí com ela nos braços. Na saída, caiu no meu rosto uma madeira em brasas, que me queimou, de onde surgiu esta cicatriz.
Hoje, quando chego em casa, a primeira pessoa que vem me receber é minha irmã. E ela dá um beijo nesta cicatriz, que a salvou”.
A professora, emocionada, pediu desculpas à aluna e determinou: Você será a primeira da fila.
O mundo está cheio de pessoas com cicatrizes, físicas ou não, visíveis ou não. Mas o amor cobre todas essas cicatrizes.
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