Certa vez, uma família escutou um choro de criança numa casa vizinha, que estava fechada. Telefonaram para a polícia. Esta veio, arrombou a casa e descobriu: Um garotinho de dois anos estava amarrado no pé de uma mesa.
A polícia procurou a mãe e esta explicou: É mãe solteira, empregada doméstica, e a patroa não aceitava a criança junto com ela no serviço. Ela não tinha nenhum parente na cidade e a sua família morava muito longe.
A moça falou tudo isso chorando muito. Ela era a primeira a não querer aquilo para o seu querido filhinho.
Se você fosse a polícia, quem você incriminaria:
1) O pai da criança que, após engravidar a moça, a abandonou?
2) A mãe? Mas a criança precisava comer, e não havia outro jeito de providenciar alimentos.
3) A família da mãe?
4) A prefeitura que não construiu uma creche naquele bairro?
5) Os vizinhos, que foram bons para telefonar à polícia, mas nem conheciam a vizinha, que morava sozinha com seu filhinho?Naquela rua, ninguém conhecia ninguém. A única preocupação dos moradores é trancar bem as suas casas. Se os vizinhos tivessem coração, certamente alguém se aproximaria dessa moça e pensaria o problema junto com ela, encontrando uma saída melhor.
Que coisa triste! O choro dessa criança se une aos milhares de outros choros, provocados pela sociedade injusta e cruel. “Não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!” (Mt 23,28.
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