Certa vez, uma catequista entrou na igreja e viu um menino ajoelhado, em oração. Naquele silêncio, ela ouviu o que ele dizia, olhando para o sacrário. O garoto simplesmente recitava o alfabeto: “A, b, c, d...” Quando chegava ao z, ele começava de novo.
Como o menino não parava de repetir o alfabeto, a catequista aproximou-se dele e perguntou: “Filho, você veio aqui rezar?” “Sim”, disse ele. Ela então falou: “Meu bem, e por que você fica recitando o alfabeto?” Ele respondeu: “É porque eu não sei rezar. Por isso eu falo para Deus todas as letras, para ele ajuntá-las como quiser”.
Quanta gente não frequenta a catequese, não estuda a religião, e não sabe nem rezar! Mas a oração deste garoto tem um aspecto bonito: A disponibilidade. A melhor oração não consiste em pedir a Deus que faça a nossa vontade, e sim no contrário: “Seja feita a vossa vontade”.
Há pessoas que sobem no Altar, colocam Deus sentado no banco lá embaixo, e ficam dando ordens para ele, como se ele fosse seu empregado: “Eu peço ao Senhor que faça isso e isso para mim, do jeito que eu quero e na hora que eu quero. E ai do Senhor se não me obedecer! A minha fé vai entrar em crise”. Esse tipo de fé é até bom que entre em crise. Muitas crises são rasteiras que o mundo nos dá, e Deus permite, para que cresçamos na maneira de rezar.
Maria Santíssima teve um sentimento semelhante ao daquele garoto, embora expresso de forma consciente e elevada: Eis aqui a escrava do Senhor; faça de mim como o Senhor quiser.
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