Certa vez, um menino de doze anos foi à escola, a fim de renovar a sua matrícula. Seria papel dos pais, mas estes estavam muito ocupados naquele primeiro dia de matrícula, e o garoto, ansioso para se matricular, pediu para ir sozinho.
Na hora de preencher a ficha, a professora fez-lhe umas perguntas, a fim de saber se a família tinha condições de ajudar a cobrir os gastos da escola:
- “Seu pai trabalha?”
- “Sim”.
- “E seus irmãos, trabalham?”
- “Sim”.
- “E sua mãe, trabalha?”
- “Não”.
- “Quem lava a roupa de vocês?”
- “A mamãe”.
- “Quem faz a comida?”
- “A mamãe”.
- “E quem limpa a casa?”
- “A mamãe”.
- “Sua mãe faz tudo isso e não trabalha?”
O menino ficou envergonhado. Sentiu vergonha de si mesmo, pela falta de reconhecimento ao trabalho da sua mãe. Chegando em casa, deu-lhe um abraço e contou o diálogo que teve com a professora. “Foi uma nova aula que tive hoje”, disse ele.
Nós podemos continuar essa “aula”, dizendo que a mãe faz tudo isso de graça. Nunca cobra de ninguém. Por isso que dá impressão de que ela não trabalha. A nossa sociedade é machista, e só dá valor a quem ganha dinheiro.
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