Havia, certa vez, um rapaz que, quando criança, sofreu um acidente que o deixou aleijado e disforme. Essa deficiência física chamava a atenção, despertando compaixão em alguns e riso em ouros.
Conseguiu estudar e formar-se professor. Mas não foi capaz de fazer amigos. Era respeitado, mas não amado. Vivia isolado. Parecia haver um muro que o separava da sociedade. Isso o deixava triste.
Um dia, saindo da escola bastante contrariado e afobado, esbarrou em uma jovem, derrubando-a na calçada. Ao ver o desastre que havia causado, voltou-se confundido e procurou socorrer a moça. Só então reparou que era cega.
Ela tremia de medo. Os joelhos e cotovelos sangravam. A bengalinha havia saltado longe. O moço colocou-a em um táxi e a levou para o hospital. Na viagem, dizia-lhe, para acalmá-la:
- Desculpe, foi sem querer! Eu estava muito afobado e muito revoltado com a vida.
- Você não tem culpa, disse ela. Isso aconteceu porque não enxergo.
Ambos se culpavam mutuamente. Desse incidente desagradável nasceu uma simpatia tão irresistível que se transformou em amizade, e depois em namoro. Não deu outra: Alguns meses depois eles se reencontraram no Altar para nunca mais se atropelarem.
Na Bíblia, existe outro tombo que foi benéfico e abençoado por Deus. Aconteceu com José do Egito. Ele foi jogado em uma cisterna (Gn 37,24) e depois vendido a mercadores, os quais o levaram para o Egito. Isto resultou bênção, não só para José, mas para toda a sua família. Que confiemos na providência divina, que sabe transformar males em bens.
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