Havia, certa vez, uma menina de oito aninhos, que se chamava Margarida. Chegou o dia do seu aniversário. Margarida levantou-se ansiosa, mas ninguém falou nada! De repente, na hora do café, toda a família abraçou a garota e a mãe lhe deu um presente. Ela abriu a caixa, era um par de sapatos muito bonitos. Experimentou-os, serviu certinho.
Então pediu para a mãe: “Posso ir para a escola com estes sapatos novos?” “Sim”, respondeu a mãe.
Na escola, logo que as colegas a viram, ficaram encantadas com seus sapatos. A Margarida contou: “É porque hoje é o meu aniversário!” Todos a abraçaram.
De repente, a Margarida ficou triste. Viu uma menina descalça! Coitada! Ela pode pisar em prego, em poça d’água, pegar doenças... E perguntou a garota: “Por que você está descalça?” Ela disse: “É porque eu não tenho sapatos. Sou pobre”.
Chegando em casa, a Margarida pediu para a mãe: “Posso levar meus outros sapatos para uma colega da escola?” A mãe respondeu: “Sim, mas antes o limpe e engraxe”.
No dia seguinte, antes da aula, ela chamou a colega de lado e deu os sapatos. A colega experimentou, serviu certinho. Que bom! Agora a Margarida ficou contente.
Na hora do recreio, cada criança comia o lanche que trazia de casa. A Margarida percebeu que aquela menina não havia levado lanche. Dividiu com ela o seu lanche.
No outro dia cedo, antes de ir para a escola, ela pensou: Vou levar dois lanches, um para mim e outro para aquela menina. Como a mãe tinha ido à feira, ela mesma pegou dois pães, cortou-os no meio, foi até o fogão, destampou a panela e pôs a carne nos dois pães.
Quando voltou da escola, contou para a mãe. Esta falou: “Ah! Foi você? Eu pensei que tinha sido o gato que comeu a carne, e dei-lhe uma paulada!” A Margarida foi ao fundo do quintal, encontrou o gato deitadinho, triste, e fez carinho nele.
Minutos depois, chegou o pai para o almoço. A Margarida estava no quarto e ouviu a mãe contar para ele: “Hoje eu ia fazer uma sopa, mas a Margarida pegou toda a carne da panela. Isso porque, além do lanche dela, fez outro para aquela tal colega a quem deu os sapatos”.
O pai chamou: “Margarida, vem cá!” É hoje que vou levar castigo, pensou a ela. Abaixou a cabeça e aproximou-se do pai. Este lhe disse: “Você fez uma coisa muito boa. De hoje em diante, todos os dias você vai levar para a escola dois lanches. Um para você e outro para esta sua colega”. E abraçou a Margarida.
Que pena que existem tão poucas pessoas como a Margarida! Ela imitava Jesus.
Que Maria Santíssima nos ajude a ter um coração sensível a quem vive ao nosso lado e passa necessidade.
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