Havia, certa vez, ao lado de uma cidade, um lugar chamado Buracão. Pertencia a uma fazenda, cujo dono era um senhor idoso. Alguns peões da fazenda moravam no Buracão.
Aconteceu que o velho morreu e a fazenda ficou mais ou menos abandonada. Os filhos, todos formados, tinham outras preocupações. Várias famílias pobres foram também morar no Buracão. Assim, com o tempo, ele se tornou uma grande favela. Com o passar dos anos, a cidade cresceu e cercou o Buracão. Com isso, o Buracão valorizou-se de uma hora para outra.
Neste momento, apareceram os herdeiros da fazenda, que foram à justiça e fizeram um processo para expulsar todos os moradores da vila.
As famílias ficaram desesperadas. Procuraram o prefeito, este não quis entrar na briga, porque a família era influente na cidade. Os moradores foram à câmara de vereadores, mas estes também não quiseram posicionar-se, porque inclusive alguns da família do fazendeiro eram vereadores.
Nesse momento, os moradores procuraram um advogado, que tinha fama de maluco, mas que defendia sempre as causas dos pobres. Ele entrou de corpo e alma na defesa dos moradores do Buracão. Foi da boca deste advogado que os habitantes ouviram, pela primeira vez, a palavra usucapião, uma lei pela qual os moradores já eram donos dos seus lotes. E foi em cima deste direito que o advogado ganhou a causa.
Que também nós lutemos pela justiça em defesa dos pobres. E se alguém nos chamar de malucos, Deus estará do nosso lado e não perderemos um só fio de cabelo.
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