Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

O guarda penitenciário repreendido

Certa vez, um jovem guarda penitenciário começou a tratar um dos presos com muita afetuosidade. Um dos chefes chamou a sua atenção: “Você precisa mostrar autoridade. Para isso, deve manter certa distância dos detentos. Esses homens não prestam. Não lhes dê confiança nem fique mostrando os dentes”. O guarda respondeu: “Ele é meu pai!” O diretor pediu desculpas.

Todos os presidiários são nossos pais, irmãos, irmãs, filhos... Por isso precisamos tratá-los bem. Eles são para nós a presença de Jesus: “Eu estava na prisão e me fostes visitar” (Mt 25,36).

Nós cristãos testemunhamos aos encarcerados o amor que Deus tem por eles. Qualquer pessoa necessitada está livre para se locomover e ir atrás de uma ajuda, de um socorro. Já o preso não. A única esperança dele é aparecer alguém ali, do outro lado da grade, com quem possa expor suas necessidades. Por isso, seus olhos ficam horas e horas voltados para a grade, esperando um parente, uma visita. “Hoje não veio. Quem sabe amanhã.”

O criminoso não é só culpado, é também vítima. Há outros culpados atrás deles, muitos de gravata.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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