Na biblioteca da casa estava o pai, compenetrado, estudando para a fase final de seu doutorado. Quebrando o ambiente tranquilo, entra a filhinha de seis anos e diz: “Papai, o senhor quer ver o meu desenho?” Sem olhar para ela, o pai responde: “Não, filhinha, papai está muito ocupado. Volte mais tarde”.
A cena repetiu-se duas vezes, com a resposta negativa. Mas a menina não desistiu. Chega seu rostinho a um palmo do nariz do pai e diz: “O senhor quer ver ou não?” Como que para ficar livre, o pai pega o desenho e olha.
O desenho trazia a mãe, a própria menina, sua irmãzinha e o cachorrinho. Em cima estava escrito: “A nossa família”.
O pai disse: “Adorei seu desenho. Mas está faltando alguém: o seu pai!” Ela respondeu com naturalidade, sem nem imaginar a lição que estava dando: “O senhor não aparece porque está na biblioteca”.
O pai pediu-lhe o desenho e o afixou na parece, bem na frente da sua escrivaninha. Abraçou a filhinha longamente e agradeceu-lhe o presente, ou melhor, a advertência. A partir daquele dia, ele procurou encontrar tempo para a família. (Fonte: Maria Olívia Coutinho)
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