CNBB celebra 73 anos como sinal de esperança e vida

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) completa 73 anos em 14 de outubro. O tema escolhido para a celebração resume bem sua missão: “Testemunha da Esperança e promotora da vida”.

Desde 1952, a CNBB se destaca por sua presença ativa na evangelização, na defesa da dignidade humana e na promoção da vida em todo o país. As Campanhas da Fraternidade, as Diretrizes da Ação Evangelizadora e o trabalho das Pastorais Sociais marcam essa trajetória de fé e compromisso com o povo brasileiro.

Você sabe o que significa essa sigla? Qual é o papel da Conferência dos Bispos na evangelização em nosso país? O Instagram da CNBB explica:

Desde sua origem, a CNBB impulsiona a comunhão e a corresponsabilidade na Igreja. Dom Hélder Câmara, idealizador e primeiro secretário-geral, já dizia: “O Espírito de Deus queria conduzir-nos à vivência da Colegialidade Episcopal e da Co-responsabilidade de todo o Povo de Deus.”

Essa visão marcou o caminho da Conferência, que ao longo das décadas se tornou referência na recepção do Concílio Vaticano II e na ação evangelizadora no Brasil.

Testemunhar a esperança, promover a vida

Para o presidente da CNBB, Cardeal Jaime Spengler, o papel da conferência é claro: “O empenho de buscar responder aos desafios dos sinais dos tempos, atendendo ao que o Evangelho pede dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo.”

Já o arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, lembra que o testemunho de esperança está presente desde o início da instituição: “A perspectiva do testemunho da esperança está lá no nascedouro da Conferência e depois na participação dos bispos brasileiros no Concílio Vaticano II.”

Segundo ele, toda a ação pastoral da CNBB nasce da evangelização, e reflete o cuidado com a vida e o compromisso com a sociedade.

Thiago Leon

“Sempre perto das pessoas”

O secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, reforça a presença constante da Conferência na vida do povo:

“A CNBB sempre esteve perto das pessoas, sempre do lado dos dramas reais dos brasileiros. Ela é a expressão do episcopado, mas também a presença cotidiana da Igreja no dia a dia do país.”

Para ele, a promoção da vida está no coração da missão da Conferência: “Desde o seu início a CNBB é uma testemunha de esperança porque acredita que, pela luz do Evangelho, pode levar paz e confiança nos corações.”

Dom Ricardo também recorda que a CNBB “está sempre disposta a lutar do lado dos pobres e dos mais vulneráveis”, sendo voz profética que denuncia o que fere a dignidade humana.

Campanha da Fraternidade: sinal de esperança

Entre as iniciativas mais marcantes, a Campanha da Fraternidade é lembrada pelos bispos como um sinal concreto de esperança e compromisso social.

“A Campanha da Fraternidade anima comunidades em todo o Brasil. Ela traduz o espírito quaresmal em gestos concretos de conversão, em sintonia com os desafios da realidade brasileira”, afirma dom João Justino.

Andreza Galvão - A12

O Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), criado a partir da Campanha, apoia centenas de projetos sociais em comunidades carentes. Dom Ricardo Hoepers destaca:

“A CNBB consegue mensurar o quanto é eficaz esse compromisso de cada cristão ao colaborar com o FNS e com a Campanha da Fraternidade. É um testemunho de comunhão e solidariedade.”

Uma Igreja de comunhão

O bispo emérito Dom Armando Bucciol, que há duas décadas participa da vida da CNBB, vê na instituição uma expressão viva da unidade eclesial:

“Este é um sinal de grande serviço ao povo, um testemunho de grande valor. Sustenta a esperança do povo fundamentada na morte e ressurreição do Senhor Jesus.”

Para ele, a CNBB vive fiel ao que o Concílio Vaticano II ensina sobre a Igreja: “sinal e instrumento de comunhão, servidora da esperança e da vida.”

73 anos de missão

A CNBB chega ao seu 73º aniversário fiel à inspiração da Ação Católica, permanecendo próxima dos brasileiros em seus desafios e conquistas.

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Fonte: CNBB