“Nós temos esta missão: defender a vida e proclamar esse anúncio aos corações de todas as crianças do mundo e suas famílias, para que tenham a alegria de um encontro com o Senhor da vida”. A afirmação é de dom Sergio A. Braschi, presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, durante missa que inaugurou na noite desta sexta-feira (23), o 1º Congresso Americano da Infância e Adolescência Missionária (IAM), evento que se estende até domingo, dia 25, no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo.
Ao refletir à luz das leituras, o bispo destacou a importância da missão na vida da Igreja, “a começar pelos pequeninos e pelos jovens” e convidou a olhar para os 170 anos de história da Obra da IAM, “que nasceu de um gesto de amor pelas crianças da China”, recordou.
“Desde o começo, foi um olhar em defesa da vida das crianças. Hoje estamos aqui e somos chamados por Jesus – referindo-se ao Evangelho – para sermos defensores da vida da infância”.
Dom Sergio convidou, a acolher a palavra da Igreja em comunhão com o papa Francisco que pede para deixar de lado a indiferença do coração e ter sensibilidade na defesa da vida, a exemplo de dom Carlos Forbin-Janson, fundador da Obra da IAM.
Participam do encontro continental, 654 assessores e coordenadores da IAM, vindos de 17 países, sendo 523 do Brasil.
Além disso, mais de 80 voluntários prestam serviços nos diversos setores da organização. P
romovido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) em parceria com as POM do continente americano, o Congresso tem como tema "IAM da América a serviço da missão" e como lema “Vocês são meus amigos!” (Jo 15-14).
Cerimônia de abertura
Ao abrir os trabalhos, o diretor das POM, padre Camilo Pauletti, destacou que o Congresso deseja “impulsionar o espírito e a animação missionária”. Recordou que o evento acontece no mesmo auditório que, em 2007, reuniu os bispos da América e Caribe para a V Conferência do CELAM cujo Documento final evidencia a missão.
“No Brasil, a IAM é nossa jóia. É a Obra Pontifícia mais visível e com maior presença na Igreja e na sociedade. Como Continente Americano, queremos expressar nossa esperança e confiança nas crianças e adolescentes que são as lideranças hoje e amanhã”, finalizou.
A secretária-geral da Pontifícia Obra da Infância Missionária, Dra. Jeane Baptistine Ralamboarison, veio de Roma e trouxe uma mensagem.
“Penso que um Encontro como este deveria ser um momento de intercâmbio de experiências entre os países. Isso é importante para a animação missionária. Assim, a IAM crescerá e se fortalecerá”.
Explicou ainda, que quando visita os países em outros continentes, cita como exemplo o trabalho da IAM na América para servir de estímulo.Recordou porém, que esta Obra Pontifícia, “desde o tempo do seu fundador, dom Carlos, tem dois aspectos: o espiritual e o material. Uma oração ao dia e uma moeda a cada mês. Estes dois elementos vão juntos”.
A secretária-geral que é natural de Madagascar, sublinhou que ao colocar a IAM da América como um exemplo para os outros na parte espiritual, “na parte da ajuda material, nos mesmos países, ela não tem sido suficientemente desenvolvida. E não penso que seja culpa das crianças que se caracterizam por sua natural generosidade. Não creio também que temos de culpar a pobreza de algumas regiões. Todos podemos dar, mesmo quando damos desde a nossa pobreza”, argumentou.
“Penso que os animadores nas diversas instâncias deveriam ter mais confiança na potencialidade e generosidade das crianças. Esta é uma tarefa sobre a qual os convido a refletir neste encontro”, arrematou a secretária-geral.
Referindo-se ao tema do Congresso, dom Sergio Braschi, por sua vez, lembrou que as crianças do mundo esperam a solidariedade das crianças da América e motivou os participantes à missão ad gentes, além das fronteiras.
Padre André de Negreiros, secretário da IAM no Brasil explicou como surgiu a ideia da realização do Congresso. Segundo ele, a iniciativa nasceu com a motivação do Ano da IAM que celebra os 170 anos de fundação da Obra. Na sequência, utilizou uma dinâmica para dizer que, “a IAM do Brasil acolhe a IAM de toda a América”.
Em seguida, os participantes do Congresso foram encaminhados para 13 paróquias de Aparecida (1) e Guaratinguetá (12) onde se encontram hospedados nas famílias.
Programação
Dois painéis temáticos, em português e espanhol, intercalados por testemunhos são as principais atividades na manhã deste sábado (24), no auditório do Santuário de Aparecida.
À tarde, a programação continuará na Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves, em Guaratinguetá, com cinco fóruns temáticos. O dia encerra com missas nas paróquias que acolhem os congressistas e um momento cultural.
A Obra da IAM (Santa Infância) foi fundada por dom Carlos Forbin-Janson, bispo de Nancy, França, em 19 de maio de 1843. Tornada Pontifícia pelo papa Pio XI em 1922, hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países. Leia também: Delegações de 17 países chegam em Aparecida (SP) para o 1º Congresso Americano da IAM
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