Por Redação A12 Em Igreja

CPT prepara congresso nacional e celebração dos 40 anos da entidade

cartaz_congresso_cpt_2015A Comissão Pastoral da Terra (CPT) celebra em 2015 os seus 40 anos de atuação em favor dos homens e mulheres do campo, ribeirinhos e comunidades tradicionais. A data será celebrada no 4º Congresso Nacional, evento máximo da entidade, que será realizado de 12 a 17 de julho de 2015, na cidade de Porto Velho, em Rondônia.

O encontro terá como tema/lema: ‘Faz escuro, mas eu canto: Memória, rebeldia e esperança dos pobres da terra’. Segundo a CPT o tema/lema está relacionado com a luta dos homens e mulheres do campo nos últimos quarenta anos.

“Hoje a situação dos homens e mulheres do campo não é melhor do que naquele tempo. Vive-se um período em que poucas luzes se descortinam no horizonte. Mas, a determinação e a garra permanecem”, destaca nota da entidade.

A CPT escolheu a capital de Rondônia, na Amazônia, para manifestar o que esteve presente na entidade desde a fundação e se mantém até os dias atuais: a luta do povo.

“Foram os conflitos na Amazônia, que se avolumavam a cada dia, que levaram a Igreja a constituir uma comissão para interligar, assessorar e dinamizar os trabalhos que diversas dioceses faziam para apoiar os trabalhadores e trabalhadoras do campo que sofriam violências e tinham seus direitos desrespeitados. Em julho de 2015 armaremos nossas tendas em Porto Velho, Rondônia, na Amazônia”, assinala nota.

A escolha foi motivada ainda pela realidade que vivenciam os rondonienses na atualidade. “Para Rondônia migraram milhares de famílias brasileiras em busca de novas oportunidades de vida: terra, emprego e negócios. Porém, a ocupação desordenada e caótica teve como resultado a devastação ambiental e o acuamento das comunidades tradicionais. Quilombolas, ribeirinhos e indígenas ainda continuam com boa parte dos seus territórios tradicionais violentados, sem serem reconhecidos e demarcados. Rondônia tem uma das mais altas taxas de deflorestação da Amazônia, estimada entre 30 e 35%. Boa parte destas áreas, desmatadas em poucas décadas, hoje são pastos já degradados, tendo como consequência a destruição de igarapés e nascentes e o assoreamento dos rios”.

Neste contexto o evento quer dar ênfase às comunidades tradicionais, como os quilombolas e povos indígenas; a luta por reforma agrária, ao processo de unificação das luta das diversas organizações do campo e da cidade; as iniciativas de resistência camponesa e de esperança, a promoção tenaz e decidida da agroecologia, com sistemas de produção agrícola sem uso de veneno e mais adequadas ao bioma amazônico e a um modelo eclesial ecumênico comprometido com a realidade do povo e dos pobres da terra, formado pelas CEB’s e comunidades evangélicas, que se dedicam a promover a vida humana e a vida natural em todo o esplendor da Criação, e o crescimento do Reino de Deus nesta região privilegiada da Amazônia.

Saiba mais sobre a história da CPT. Acesse o site da entidade. 

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