Neste domingo (27) será realizada a festa de Nossa Senhora, Rainha da Palestina, festa muito popular entre os cristãos árabes.
A missa por ocasião da solenidade será celebrada, às 10h30, na Igreja do Santuário de Deir Rafat, por Mons. Giuseppe Lazzarotto, Núncio e Delegado Apostólico.
O Santuário de Nossa Senhora, Rainha da Palestina na localidade de Rafat, próximo da aldeia palestina de “Sar’a” (que hoje já não existe), foi fundado em 1927, pelo Patriarca latino Louis Barlassina. O mesmo Patriarca Barlassina instituiu a festa de 'Nossa Senhora da Palestina' que a Santa Sé aprovou em 1933, para ser celebrada sempre no último Domingo de Outubro.
O Santuário fica a 35 quilômetros de distância da Cidade Santa. Cristãos árabes vem de todos os lugares para celebrar a padroeira.
Padre Peter Madros, do Patricardo latino de Jerusalém, escreveu um artigo recordando a história da fundação do santuário, e destacou a realidade desafiadora que sempre enfrentou a religião católica na região.
"Quando pensamos que em 1927 os cristãos palestinos eram muito mais numerosos (e fervorosos) na Palestina, apesar do regime otomano e inglês e que, desde 1948, três guerras (pelo menos) assolaram a Pátria do Senhor e de Nossa Senhora, ficamos pensativos. Como os dois discípulos de Emaús – que não fica muito longe de Rafat – que iam na estrada de Jaffa – nós também, esperaríamos “paz e prosperidade”. Manifestamente a Providência tinha outros planos, nomeadamente o da Cruz e do Calvário para os fiéis compatriotas do Cruxificado! Nós recitamos sempre, sem nunca duvidar da Divina misericórdia e bondade, a “oração a Nossa Senhora da Palestina”, pedindo a sua protecção, “mesmo falando as previsões em desgraças” como diria Homero! No início deste século, os Cristãos Palestinos, da Galileia e de Néguev são os últimos sobreviventes de uma dizimação que dura há décadas, senão há centenas de anos! Eles constituem menos de 1,6% da população do País de Cristo!".
"No início deste século, os Cristãos Palestinos, da Galileia e de Néguev são os últimos sobreviventes de uma dizimação que dura há décadas, senão há centenas de anos! Eles constituem menos de 1,6% da população do País de Cristo!".
"Estas reflexões são um convite para que nos lembremos, sempre e em todo o lado no mundo cristão, da “mãe de todas as igrejas”! “Se eu esquecer Jerusalém, que a minha língua se cole ao meu palato!”. E, como o Beato João Paulo II perguntava a França: “Filha mais velha da Igreja que fizeste do teu batismo?” Nós perguntamos às igrejas filhas: “Que fizeram da Vossa Mãe?” E deixando cair os preconceitos, as simpatias e as antipatias, a mentalidade do “parti-pris” onde a “política” destrói o espiritual venhamos em socorro da cristandade da Terra Santa para que a Igreja não morra onde nasceu!", finalizou.
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