Por Polyana Gonzaga Em Igreja Atualizada em 07 OUT 2019 - 17H34

Diácono partilha experiência missionária na Amazônia

Arquivo Pessoal
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Primeira Comunhão de crianças e jovens na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Santarém (PA).


‘Uma vida em missão em favor do próximo’
. É assim que o Diácono Thiago Henrique Guimarães, da Arquidiocese de Aparecida, resume sua experiência missionária na Diocese de Santarém, no Estado do Pará, em 2018.

A Diocese de Santarém é formada por sete municípios do Estado do Pará com mais de 461 mil habitantes e um território de quase 172 mil quilômetros quadrados.

Leia MaisSínodo da Amazônia começa com apelo para os que carregam "cruzes pesadas"O que é e quem participa do Sínodo para a Amazônia?A experiência missionária do diácono teve início na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, na Vila do Curuai, região do Lago Grande, localizada a seis horas de barco de Santarém e ainda pouco mais de uma hora de carro, em estrada de chão.

Os dois padres que atuam na paróquia recebem ajuda das religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas de Allegany para o trabalho pastoral em 64 comunidades.

“Foi uma oportunidade de ampliar os nossos horizontes. Essa com um cenário muito sofrido e de pobreza, mas não de uma pobreza como a nossa aqui na região Sudeste, onde as pessoas passam fome, moram na rua. Lá eles vivem com simplicidade e sobrevivem da pesca, da caça e do que a natureza oferece, afirmou.

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Para chegar às comunidades mais afastadas é preciso viajar de barco.


A
necessidade da evangelização na Amazônia é um assunto de constante reflexão da Igreja, reforçado atualmente pelos debates do Sínodo da Amazônia, que acontece até 27 de outubro, no Vaticano. Nesse contexto, Diácono Thiago destaca alguns dos desafios e a preocupação com a promoção e defesa da vida dos seus habitantes e de sua biodiversidade.

“O povo vive a de uma forma muito intensa, porém pela falta de padres e o difícil acesso, é impossível realizar, pelo menos uma vez ao mês, a Celebração Eucarística em todas as comunidades”, afirmou.

Para chegar às comunidades é preciso viajar horas, seja de barco ou pelas estradas de terra da região. “Já andei de barco, moto, a pé, dormi em rede, participei de várias celebrações por várias comunidades da paróquia”.

Segundo o diácono, apesar dos obstáculos a Igreja nessa região permanece viva graças à força de lideranças leigas presentes nela.

“Essa oportunidade que a Igreja volta o seu olhar para região da Amazônia, por meio desse Sínodo, que trata da ecologia integral, da preservação do meio ambiente é essencial para trazer esperança, reforçar a fé e evangelização daquele povo”.

A um mês da sua ordenação presbiteral, Thiago como a experiência nas comunidades paraenses contribuem para sua formação como padre.

“Costumo dizer que aprendi mais do que pude oferecer a eles. Foi uma experiência muito importante para a minha formação como padre. Foi um enriquecimento muito grande para minha caminhada espiritual, para meu crescimento pessoal. Puder viver uma nova realidade da nossa Igreja, mas sempre com o mesmo objetivo, que é levar Jesus Cristo a todos”, finalizou.

A ordenação presbiteral do diácono Thiago Henrique será no dia 23 de novembro no Santuário Nacional.

.:: Acesse a página de cobertura do Sínodo: A12.com/sinododaamazonia

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