Nesta quarta-feira (13) a Igreja do Brasil celebra a festa litúrgica da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Neste ano especial do centenário de seu nascimento, em toda a Bahia, como nos estados brasileiros, diversas são as manifestações de gratidão e carinho à memória desta religiosa que viveu para os pobres.
Em Salvador, terra natal da religiosa, as celebrações iniciaram no dia 4 de agosto com o novenário e encerram hoje com atividades desde o amanhecer. A missa solene, no Santuário dedicado à religiosa, às 10h, será o ponto culminante da festa. Presidirá a celebração o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. A programação termina às 18h, com uma procissão luminosa na Praça Irmã Dulce. A expectativa é reunir milhares de fiéis e admiradores da freira baiana, autoridades municipais e estaduais, além de profissionais, voluntários e pacientes das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) durante as homenagens à beata.
Uma vida para os pobres
A sua missão começou quando ainda tinha apenas 13 anos. Pelo incentivo de sua tia, a pequena Dulce começou a ajudar os pobres e desvalidos e a partir dessa primeira experiência sentiu em seu coração o desejo de partilhar.
"Devemos confiar incondicionalmente na Providência. Nunca me preocupei em saber como iria sustentar tanta gente, tantos doentes, pagar funerais, médicos, remédios etc. (...) O nosso trabalho é de Deus, é ele quem nos sustenta".
Esse desejo a perseguiu durante toda a sua vida como um espinho na carne. Diante das dificuldades para atender todos os que a procuravam, não hesitava, pelo contrário confiava na graça divina. “Devemos confiar incondicionalmente na Providência. Nunca me preocupei em saber como iria sustentar tanta gente, tantos doentes, pagar funerais, médicos, remédios etc. (...) O nosso trabalho é de Deus é ele quem nos sustenta”, dizia.
Confiar na Providência Divina nunca significou esperar. Irmã Dulce batia de porta em porta pelas ruas de Salvador, ou nos mercados, feiras livres e gabinetes de políticos, para manter a obra que Deus a confiou.
Sua força vinha do alto. Irmã Dulce sabia que somente uma vida dedicada a Deus na Eucaristia, poderia ampará-la diante de sua grande missão. “A graça de Deus e a Eucaristia nos dão forças para superar todos os obstáculos e vencer as lutas do dia a dia. É na comunhão que encontraremos as forças necessárias para vencer todas as dificuldades”.
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, em sua cela de religiosa. Os últimos 30 anos de sua vida foram provados na dor. Com uma saúde frágil, a religiosa viveu com 70% de sua capacidade respiratória comprometida.
13 de agosto
No dia 13 de agosto, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, com 19 anos de idade, recebeu o hábito da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce. Com sua beatificação, em maio de 2011, a religiosa recebeu o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres e o dia 13 de agosto passou a ser também a data oficial da celebração de sua festa litúrgica.
Atualmente, as Obras Sociais Irmã Dulce abrigam em sua estrutura o maior hospital do Brasil com atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde, segundo o governo federal. Amparada pela filosofia da assistência integral, desenvolve em seus 13 núcleos ações nas áreas de Saúde, Assistência Social, Educação, Pesquisa Científica, Ensino Médico e Memória, incluindo em seu painel de serviços atividades que vão do atendimento básico à pesquisa de ponta.
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