Igreja

Filme traz relatos de alguns dos milhares de judeus salvos por Pio XII

Escrito por Redação A12

03 FEV 2015 - 09H32 (Atualizada em 09 OUT 2023 - 10H51)

Reprodução/ Wikipedia

Neste dia 09 de outubro de 2023, recordamos os 65 anos de falecimento do Papa Pio XII, uma figura de extrema relevância para a história recente da Igreja.

A história do Papa Pio XII e sua relação com os judeus é apresentada no filme "Shades of Truth" (Sombras da Verdade) que estreou no dia 2 de março de 2015, no Vaticano.

A obra idealizada por Liana Marabini traz relatos de alguns dos milhares de judeus salvos pelo papa entre os anos de 1939 e 1958, durante a Segunda Guerra Mundial. 

“O filme foi realizado com testemunhos inéditos de alguns judeus salvos por [Eugenio] Pacelli, cujo processo de beatificação está em curso, e tem por objetivo mostrar a inconsistência da lenda sobre o silêncio de Pio XII diante da tragédia da Shoah”, adiantou à Rádio Vaticano.

Papa Pio XII

A primeira exibição aconteceu na data de aniversário de nascimento e da eleição pontifícia de Eugenio Pacelli (2 de março de 1876 / 2 de março de 1939).

O filme foi posteriormente apresentado no Festival de Cinema de Cannes, em maio de 2015, e em setembro do mesmo ano na cidade norte-americana de Filadélfia, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias.

Segundo Liana Marabini, Pio XII pode ser considerado como “o Schindler do Vaticano”, tendo ajudado a salvar “mais de 800 mil judeus” na Europa.

O Papa italiano foi declarado “venerável” por Bento XVI em dezembro de 2009, o primeiro passo em direção à beatificação.

Na ocasião, Bento XVI disse que Pio XII "agiu muitas vezes de forma secreta e silenciosa, porque, à luz das situações concretas daquele complexo momento histórico, ele intuía que só desta forma podia evitar o pior e salvar o maior número possível de judeus".

Na radiomensagem do Natal de 1942, Pio XII alertou para a situação de “centenas de milhares de pessoas que, sem culpa nenhuma da sua parte, às vezes só por motivos de nacionalidade ou raça, se veem destinadas à morte ou a um extermínio progressivo”.

Em julho de 2012, o memorial ‘Yad Vashem de Jerusalém’, que evoca as vítimas do Holocausto durante a II Guerra Mundial, modificou um texto que acusava o Papa Pio XII de não ter feito o suficiente pelos judeus.

O grupo de especialistas dedicado às atividades do Vaticano e de Pio XII levou em consideração "as pesquisas realizadas nos últimos anos" e apresenta "uma imagem mais complexa do que anteriormente".

Apesar de manter críticas ao Papa, a legenda acrescenta referências à sua neutralidade e às ações da Igreja Católica, que permitiram salvar do Holocausto "um número importante” de judeus.

Também sobre Pio XII, o Papa Francisco já expressou:

"As decisões de Pio XII poderão parecer para alguns como uma relutância, mas foram, de fato, tentativas de manter, em tempos de profunda escuridão e crueldade, a pequena chama de iniciativas humanitárias, da diplomacia oculta, mas ativa".

:: Assista ao trailer abaixo


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