Está é a afirmação de Yesica Patiachi Tayori, professora bilíngue do povo indígena Harakbut e membro da Pastoral indígena do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, no Peru.
Yesica Patiachi Tayori participa da Assembleia Especial do Sínodo da Amazônia que acontece no Vaticano. Ao Papa Francisco, a professora disse que o povo indígena Harakbut vive com medo e sob ameaças de extinção de sua cultura e tradições.
“Grandes corporações que vêm de fora não respeitam a vida. Nos discriminam porque falamos uma língua diferente, mas somos uma cultura viva. Dissemos ao Papa que grandes empresas e corporações extrativistas nos querem divididos e enfraquecidos. Pedimos ao Santo Padre que leve nossa mensagem aos organismos internacionais para impedir nossa extinção. Que nos deixem viver”.
Leia MaisPerito do Sínodo fala sobre o trabalho realizado e quais serão os próximos passos Divulgada comissão do documento final do Sínodo da AmazôniaSegundo Yesica, seus ancestrais já denunciavam as graves questões ambientais. “Nossas avós e mães já denunciavam os problemas ambientais, o caos, os crimes que afetam a Casa Comum, mas foram invisíveis, perseguidas e assassinadas”.
Ao Santo Padre, os Harakbut manifestaram que não têm uma tribuna para denunciar esses crimes contra sua segurança territorial, alimentar, saúde, educação intercultural bilíngue e vida plena.
“Onde estão as Nações Unidas, as organizações internacionais? Onde podemos denunciar estes crimes? Nós esperamos que este Sínodo seja resultado de uma nova consciência humana para começar a utilizar os recursos renováveis sem colocar em risco a unidade e a Casa Comum”, completou.
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