O padre católico holandês Frans Van der Lugt, 75 anos, foi assassinado por um grupo de homens armados, na manhã desta segunda-feira (7), na frente da residência dos jesuítas em Homs, localizada a 160 km da capital Damasco.
A notícia da morte do padre foi confirmada pelo padre Alex Bassili, da Cúria provincial do Oriente Médio e do Maghreb. Padre Van der Lugt vivia há quase 50 anos no Oriente Médio.
O jesuíta padre João J. Vila-Chã destacou em seu perfil no Facebook a trágica morte do religioso.
“O Padre Frans Van der Lugt, da Companhia de Jesus, era até hoje, presume-se, o único europeu que permanecia na martirizada cidade de Homs, na Síria. Ele tinha 75 anos de idade e vivia neste País, agora destroçado pelo absurdo da guerra, desde 1966. Na manhã deste 7 de Abril, um bando armado entrou na casa onde residia e em que, sem distinção alguma de religião, o Padre Frans cotidianamente apoiava centenas de pessoas. O nosso Padre ‘Francisco’, pois assim também era conhecido em toda a Homs, foi arrastado para fora da residência, espancado e assassinado com (ao que parece) dois tiros na cabeça”.
"O Padre Van der Lugt fez sempre questão de não abandonar a cidade, e o povo, que serviu ao longo de quase quarenta anos..."
Ainda segundo a nota, padre João lembrou a solitária permanência do religioso em Homs por amor ao povo que serviu nas últimas décadas. “O Padre Van der Lugt fez sempre questão de não abandonar a cidade, e o povo, que serviu ao longo de quase quarenta anos. Os seus companheiros, depois da destruição da cidade pelos múltiplos bombardeamentos da guerra civil ainda em curso, tinham partido, mas ele decidiu ficar”.
“A Síria está hoje mais pobre e desolada; mas a Companhia de Jesus, e a Igreja no seu todo, bem podem alegrar-se, mesmo no meio de tanta dor e desconsolação, com a imparável vitória do Amor que esta manhã mais uma vez se anunciou com a morte às mãos de homens violentos e sem escrúpulos de um grande homem que, na Companhia de Jesus, serviu de modo incondicionalmente radical a Deus e ao Reino, o único, que não mata nem abusa”.
A residência dos religiosos serviu de abrigo nos últimos anos, para centenas de refugiados da guerra civil.
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