As dificuldades que temos hoje em nosso país no campo da economia são graves, e poderiam ser muito piores. Mas o grande desafio está no campo político. E a questão é mais profunda que a governabilidade de Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo voto da maioria dos brasileiros. O desafio hoje está na falta de um projeto verdadeiro para pautar o trabalho de todos os que se elegeram para cargos políticos em nosso país.
O que temos hoje são homens e mulheres que atuam nos três poderes, em âmbito municipal, estadual ou federal, com um projeto pessoal ou partidário de poder. É este pressuposto que pauta qualquer iniciativa política: apoio ou não uma ação dependendo se “eu” ou o “meu grupo” político vai se beneficiar ou não.
Por isso, esta classe política briga diariamente, negocia, troca favores, e faz esquemas em que se pagam “pixulecos”. E como as investigações sempre revelam, nesta hora não há sigla partidária e muitas vezes nem filiação religiosa que se isente. A corrupção é uma prática que vicia a máquina estatal, dela se alimenta e a faz andar ou parar.
O desafio para mudar o Brasil hoje passa por uma mudança profunda de caráter de cada cidadão. Ter consciência de que vivemos em sociedade, e que a política existe para que possamos promover o bem comum. Quando a base tomar esta consciência, teremos força para fazer política do jeito certo, escolhendo melhor quem vai exercer a autoridade, na dimensão do serviço.
O pior é que há gente que, mesmo com a missão sagrada de formar opinião e diante do que se passa em nosso país, pensa que tudo vai se resolver com troca de partido, ou num debate ideológico de capitalistas e socialistas. Por estes, rezo: “Perdoai-os, Pai. Eles não sabem o que dizem. Que saibam, ao menos, o que ensina o Evangelho. Amém”.
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