Sínodo: Amazônia, um lugar de respostas

A Igreja na Amazônia tem diferentes realidades: o mundo ribeirinho, urbano, indígena... Uma Igreja que vive o processo do Sínodo para a Pan-Amazônia.

Polyana Gonzaga

Padre Zenildo Lima é reitor do Seminário São José de Manaus e participa do Sínodo da Amazônia.

Dentro dessa perspectiva sinodal, Padre Zenido Lima, reitor do Seminário São José, em Manaus (AM), falou ao A12 sobre a formação de novos presbíteros e que a Amazônia não é um lugar só de necessidades e carências evangelizadoras e, sim, um lugar de respostas.

Processo de formação presbiteral

Segundo Padre Zenildo, para o exercício desse ministério na Amazônia é preciso que seja envolvido com as realidades, seja do mundo indígena, com todas as questões do meio ambiente, da ecologia integral, com os desafios das grandes metrópoles.

O reitor defende que, apesar da abertura do ponto de vista pastoral dos seminários, é preciso que os jovens em formação não Leia MaisJovem da Comunidade Anglicana partilha experiência no Sínodo da Amazôniafiquem alheios à realidade.

“É importante nós reconhecemos que o processo de formação presbiteral tem que passar por algumas revisões. Por mais que nossos seminários tenham aberturas do ponto de vista da atuação pastoral, é importante repensar a estrutura de seminários para favorecer que a formação seja muito mais missionária e fundamentalmente, bíblica, teológica. A estrutura deve passar por um processo que a comunidade participe mais.”

Amazônia, um lugar de respostas

Padre Zenildo lembrou a experiência da Igreja no Brasil por ocasião da Campanha da Fraternidade que teve com tema ‘Fraternidade e Amazônia’ e reforçou que muitas das pautas levantadas como novidades neste Sínodo já são realidades na região amazônica, como a participação ativa das mulheres nas comunidades.

“Temos uma proposta muito interessante, a partir da Igreja na Amazônia, que diz respeito ao protagonismo das mulheres, do laicato, e não só por cauda da escassez de presbíteros, mas pela capacidade à luz do Evangelho de ir moldando uma Igreja mais participativa, mais dinâmica”.

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