Os mais de 100 povos presentes no Acampamento Terra Livre (ATL) 2018 trouxeram reivindicações de suas comunidades, vindas de todas as regiões do Brasil.
Na manhã de quinta-feira (26), os cerca de 3 mil indígenas acampados, desde o início da semana, saíram em marcha e ocuparam o Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Reivindicando a retomada dos processos de demarcação de Terras Indígenas, delegações de todo o país fizeram um ato simbólico: a manifestação deixou manchado de vermelho o caminho, simbolizando o sangue das lideranças indígenas derramado no genocídio histórico cometido contra essas populações.
Leia MaisO que querem os indígenas? Cimi lança relatório "Violência contra povos indígenas"No final da caminhada, os indígenas protocolaram um documento no Ministério da Justiça (MJ), no qual repudiam a paralisação das demarcações de terra durante o governo atual. Os indígenas foram recebidos no Ministério pela Polícia Federal e somente após uma longa negociação permitiram o protocolo do documento levado em nome da marcha.
O cacique Juarez Munduruku trouxe para a marcha do ATL 2018 reivindicações e fortes dores nas costas. Promete descansar algumas semanas quando regressar à Terra Indígena Sawré Muybu (PA).
No Médio Tapajós, lembra Alessandra Munduruku, há projetos para 43 usinas hidrelétricas (duas foram feitas) e 30 portos de soja, além de garimpos ilegais, retirada de madeira e palmito. “Em 19 de abril de 2016 publicaram o Relatório Circunstanciado, mas parou nisso. As mulheres estão preocupadas com o futuro de seus filhos”, destaca.
Acompanhe mais notícias no site do Conselho Indigenista Missionário: www.cimi.org.br
Fonte: Cimi.
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