O cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, se reuniu em Roma com cerca de 60 representantes da Federação Internacional das ONGs de Inspiração Católica (Focsiv), para discutir questões atuais, a ideia de estados gerais para a cooperação ao desenvolvimento e também sobre a importância das negociações para pôr fim ao conflito no Leste Europeu.
O purpurado também é o enviado do Papa para tentar resolver a crise bélica na Ucrânia, e pediu que as negociações sejam feitas de maneira rápida.
“Acredito que temos que nos preocupar muito se a lógica for apenas a do rearmamento. E quando a Europa investe ou pensa que esse é o único caminho, temos que nos preocupar ainda mais”, afirmou o cardeal.
Ele ainda explicou que a Europa nasceu acreditando no poder do diálogo e de encontrar ferramentas para resolver problemas, não os resolver com armas.
“A Europa nasceu exatamente do oposto, da profunda convicção de que os conflitos devem ser resolvidos não com armas, mas com uma soberania capaz de encontrar as ferramentas para isso. Na complexidade, acho que há muito trabalho a ser feito nesse sentido aqui, infelizmente há uma lógica militar. Se a paz é a vitória, quantos riscos com isso! Temos que acreditar que existe outro caminho, a insistência da negociação não é um exagero terapêutico. Resolver os conflitos pensando juntos e encontrando instrumentos supranacionais para resolvê-los”.
Por fim, o cardeal Zuppi ainda lançou a ideia dos estados gerais de cooperação, “porque estamos em um momento de grandes desafios, para motivar, para remotivar. Não há futuro sem cooperação e, portanto, são necessárias respostas. Portanto, precisamos de mais apoio”, mas reconheceu que infelizmente há uma dificuldade diante desta situação: “uma tendência de encher os arsenais em vez de encher os celeiros”.
Para a maioria dos países industrializados, a meta de alocar 0,7% do PIB para a cooperação está muito distante. Ivana Borsotto, presidente da Focsiv, concorda, e afirma que “os Estados Gerais seriam um caminho muito necessário, porque não devemos ter uma atitude defensiva, pois muitos países não querem a cooperação para o desenvolvimento. Portanto, precisamos voltar a fazer propostas políticas às instituições e aos partidos, inclusive sobre a inteligibilidade da política externa italiana”.
A Focsiv, que reúne uma centena de ONGs e 15 mil voluntários, pede que a Europa tenha uma presença maior na África, evitando que todo o espaço seja ocupado pela China e pela Rússia.
Fonte: Vatican News
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