Santa Missa celebra 100 anos de missão dos Camilianos no Brasil

Nesta quinta-feira, 15 de setembro, o Santuário Nacional recebeu a Romaria dos Camilianos para celebrar os 100 anos de missão da Congregação Camiliana no Brasil.

A celebração aconteceu no Altar Central e foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, e concelebrada pelo Pe. Pedro Tramontin, superior geral dos padres Camilianos e os demais padres da congregação que estavam presentes no Altar Central.Leia Mais7 lições de caridade com São Camilo de LellisDia de São Camilo de Léllis: A espiritualidade dos enfermos

Em sua reflexão, dom Orlando Brandes falou sobre o sofrimento que cada um vive e relacionou com Nossa Senhora das Dores, título de Maria que a Igreja Católica celebra hoje.

“Quando você sofre e eu sofro, estamos também colaborando na redenção e salvação do mundo. Vamos oferecer nosso sofrimento pela conversão dos pecadores. E você doente, você sofredor; você é um grande missionário, porque oferece sua cruz, as suas chagas e as suas feridas como Nossa Senhora das Dores, por tantas pessoas sofredoras e também pela santificação da Igreja”.

Lais Silva / Portal A12

O arcebispo refletiu sobre o que realmente significa o sofrimento, explicando que ele não é um castigo de Deus, mas sim um caminho para a conversão.

“Irmãos e Irmãs, sofrimento não é castigo, é advertência. Quanta gente se converte em hospitais, também nos hospitais Camilianos e Camilianas, é uma advertência que ela também traz a conversão. Sofrimento é uma chance na vida, porque na Cruz está uma sabedoria. Sofrimento é uma oportunidade. Eu me conheço melhor, tenho mais compaixão com o sofrimento do outro e me coloco no sofrimento de Jesus”.

Dom Orlando falou sobre a importante missão dos Camilianos no Brasil, destacando que a Cruz vermelha que carregam no peito, lembrando que seu Santo fundador, São Camilo de Léllis, dizia: “o Crucifixo é o fundador da Congregação dos Camilianos”.

Para finalizar sua reflexão, dom Orlando fez uma relação entre o Pontificado do Papa Francisco e a missão dos Camilianos e aproveitou para parabenizar a Congregação.

“Nosso Papa Francisco fala tanto em curar feridas e assim vocês Camilianos estão bem dentro deste pontificado, ajudando a curar tantas feridas da humanidade. Por isso, vocês merecem sim o grande elogio como os ministros dos enfermos e as irmãs ministras dos enfermos. Claro que vocês merecem esse nome de serem servidores dos doentes, uma maneira de servir os mais frágeis. Certamente vocês estão muito felizes e agradecidos por essa celebração de 100 anos tão significativos. E termino louvando a Deus pelo quarto voto que vocês fazem: ‘o serviço aos enfermos’. Repito: ‘serviço a vida, serviço a saúde’.”

Lais Silva / Portal A12

100 anos de missão

A celebração dos 100 anos de missão dos Camilianos do Brasil aconteceu no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. O pe. Pedro Tramontin, superior geral dos padres Camilianos, em entrevista ao Portal A12 falou sobre a alegria de celebrar esse momento.

Lais Silva / Portal A12

“Com certeza é uma alegria muito grande para mim, porque faço parte dessa província e celebrar cem anos de presença camiliana aqui no Brasil, certamente é o momento de revermos a nossa história, agradecer a Deus por tantas bênçãos que nos tem concedido.

E rever nosso passado sempre é um momento de alegria, pelos nossos coirmãos que nos precederam e ao mesmo tempo estamos celebrando o presente, com tantas obras, tantos coirmãos atuando na área da saúde aqui no Brasil e um terceiro momento seria celebrar o futuro, planejar o futuro, para que a gente possa servir melhor”.

Ele ainda completou que comemorar na Casa da Mãe Aparecida, aos pés de Nossa Senhora, torna este momento ainda mais especial, já que São Camilo tinha uma devoção especial por ela.

“São Camilo tinha uma devoção especial por Nossa Senhora, em todos os momentos da vida dele, ele sempre dedicou a ela, e constantemente ele rezava e pedia aos coirmãos, que rezasse a Nossa Senhora, porque ela sempre nos atendia, então para nós seguidores de São Camilo é uma honra e um privilegio muito grande, Aparecida é sempre a nossa casa. A casa da mãe é a casa de todo mundo”.