Ao longo deste primeiro ano de pontificado, o Papa Francisco surpreendeu e cativou. Logo nos primeiros minutos, apresentando-se na Praça de São Pedro, ganhou o carinho do povo ao falar com simplicidade as palavras: “Irmãos e irmãs, boa noite!”. E gerou admiração pelo modo humilde com que pediu que o povo rezasse pelo seu pontificado. Desde então, Francisco alcançou grande popularidade.
Essa maneira de se comunicar foi a marca neste primeiro ano de pontificado. Um jornalista brasileiro considerou que o Pontífice exerce um “magistério comunicacional” centrado no diálogo e manifestado por meio de seus sorrisos, abraços, telefonemas, cartas e entrevistas. Nos últimos doze meses, inúmeras foram as notícias sobre esse contato próximo e amigável do Santo Padre.
O recorrente pedido por uma “cultura do encontro” contra a “cultura do descartável” ou da “exclusão” manifesta seu convite à mudança de vida, à conversão pessoal e comunitária. “A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos gritos dos outros”, disse em visita a Lampedusa, sul da Itália, onde centenas de pessoas perderam suas vidas com a imigração ilegal.
A Encíclica Lumen Fidei
Dando continuidade ao trabalho de seu antecessor, Papa Francisco concluiu a Encíclica Lumen Fidei e encerrou a última das três encíclicas sobre as virtudes teologais. As duas anteriores Deus caritas est (caridade) e Spes salvi (esperança), escritas por Bento XVI, e a última Lumen fidei (fé) escrita por Bento XVI e completada por Francisco. Nela, expressou a importância e a beleza da fé.
As mudanças na Cúria Romana
Entre as diversas ações do Papa para a reforma da Cúria Romana, Papa Francisco instituiu o Grupo dos 8 Cardeais para ajudá-lo no governo da Igreja, publicou quatro textos legislativos tratando sobre questões econômicas, criou a Secretaria de Economia e um Conselho formado por lideranças eclesiásticas e leigos, para ajudar na gestão administrativa e econômica da Santa Sé.
Um Sínodo para a família
Para discutir os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização, o Papa convocou para outubro próximo o Sínodo dos Bispos. “Hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família”, destacou em carta dirigida às famílias de todo o mundo.
O zelo pastoral
Em seus discursos enfatiza constantemente a missão da Igreja, de ser pobre com os pobres. “Quero uma Igreja pobre para os pobres”, disse à jornalista em entrevista coletiva três dias depois de sua eleição. Aos bispos, em setembro passado, Papa referiu-se a três características que devem guiar um bom pastor: apascentar, caminhar e permanecer com o rebanho.
Os números do pontificado
Somente em 2013, mais de 6,6 milhões de pessoas participaram em eventos com o Papa no Vaticano. Nas 39 audiências gerais, realizadas às quartas-feiras, foi contabilizada uma média de 50 mil peregrinos em cada encontro. Foram 60 recitações da oração mariana do Angelus. Na primeira visita internacional, ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, atraiu mais de 3 milhões de jovens. Na Itália, visitou três cidades. Somados a todas essas atividades, foram ainda 154 discursos, 252 homilias e nove visitas pastorais à paróquias romanas.
Dos documentos papais, publicou uma Encíclica, uma Exortação Apostólica, quatro Motu Proprios, 40 mensagens pontifícias, 37 cartas apostólicas, criou a Secretaria para a Economia e um Conselho, respondeu a centenas de correspondências e ligou para inúmeras pessoas.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.