Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 04 MAR 2020 - 15H04

“A Igreja não tem as portas fechadas para ninguém”, diz Papa aos divorciados e recasados

Depois de um período de descanso o Papa Francisco retomou nesta quarta-feira (05) a catequese semanal, no Vaticano. Em sua reflexão, o Papa deixou uma palavra de acolhida e proximidade às pessoas divorciadas e casais recasados.

“A Igreja não ignora que a situação dos divorciados e recasados contradiz o sacramento do matrimônio, mas, por outro, o seu coração materno, animado pelo Espírito Santo, leva-a sempre a buscar o bem e a salvação de todas as pessoas”, assinalou. 

O Papa sublinhou também que diante dessa realidade a Igreja tem a necessidade de saber integrar essas pessoas na vida comunitária, referindo-se aos casais que vivem em segunda união.

“Estes batizados, que estabeleceram uma nova relação depois da dissolução do seu matrimônio sacramental, precisam de um acolhimento fraterno e atento, no amor e na verdade, estas pessoas não foram excomungadas, e não podem ser tratadas como tal, elas fazem sempre parte da Igreja”, frisou Francisco.

Nesse sentido, o Papa questionou como a Igreja pode recomendar a estes pais que façam tudo para educar os filhos à fé cristã, dando a eles o exemplo de uma fé convicta e vivida “se os mantivéssemos longe da vida da comunidade?”, indagou.

Não devemos adicionar outros pesos além daqueles que os filhos, nestas situações, já devem carregar” prosseguiu o Papa, afirmando ainda que “é importante que eles sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre disposta a escuta e ao encontro. A Igreja não tem as portas fechadas para ninguém”, salientou. 

Francisco também disse que, nas últimas décadas, a Igreja não ficou “insensível” e “preguiçosa” em relação à questão das segundas uniões graças ao aprofundamento levado adiante pelos Pastores e confirmado pelos seus predecessores. 

“Cresceu muito a conscientização de que é necessária uma fraterna e atenciosa acolhida, no amor e na verdade, aos batizados que estabeleceram uma nova convivência após o fracasso do matrimônio sacramental”, destacou. 

Francisco encerrou convidando todos os cristãos a imitar o exemplo do Bom Pastor colaborando com Ele nos cuidados às famílias feridas, e antes de conceder a Bênção Apostólica, rezou uma Ave Maria em homenagem a Nossa Senhora Salus Popoli Romani (Salvação do Povo Romano) celebrada hoje e venerada na Igreja de Santa Maria Maior, em Roma. Este é o primeiro templo dedicado no Ocidente a Nossa Senhora, onde o Papa costuma rezar sempre que parte e retorna de suas viagens apostólicas internacionais.

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