O Santo Padre realizou na segunda-feira (08), uma audiência com Corpo Diplomático, ou seja, recebeu embaixadores de 180 países com os quais a Santa Sé mantém relações diplomáticas. É o momento em que Francisco aproveita para fazer uma conjuntura sociopolítica mundial.
O Papa baseou o discurso nas consequências da pandemia e mostra que o mundo está doente - e não só por causa do vírus. Eis sete pontos marcantes que destacam-se da fala do Pontífice.
1. O aborto – O Papa destacou que, neste período de crise sanitária, legisladores se afastaram do dever primário de defender a vida, legalizando o aborto com o pretexto de garantir “pretensos direitos subjetivos”.
2. Vacinas – Francisco renovou seu apelo para que os cuidados na área na saúde, como as vacinas, por exemplo, estejam à disposição de todos, sobretudo dos mais vulneráveis.
3. Crise ambiental – O Santo Padre lembrou que não é apenas o ser humano que está doente, mas o Planeta Terra também. Citou a exploração indiscriminada dos recursos naturais e as mudanças climáticas, que provocam, por sua vez, insegurança alimentar e desastres ambientais.
Burkina Faso, Mali, Níger e Sudão do Sul foram alguns dos países destacados, mas também a Austrália e a Califórnia.
4. Crise econômica e social - No campo econômico, a pandemia obrigou muitos países a adotarem quarentenas e lockdown para conter a difusão do vírus, com o consequente aumento do desemprego e da vulnerabilidade social. Crises humanitárias foram acentuadas, como o tráfico de seres humanos, a exploração da prostituição e o fluxo migratório.
O Papa mencionou a tensão na região moçambicana de Cabo Delgado, na Síria e no Iêmen. E também as violações cometidas contra milhares de deslocados, refugiados e repatriados. Esta crise evidenciou que é necessária uma “nova revolução copernicana”, que coloque de novo a economia a serviço do homem e não vice-versa. E recordou que a Santa Sé considera ineficaz a lógica das sanções de um país contra o outro.
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5. Crise política - O Papa constatou aumento das contraposições políticas e a dificuldade de procurar soluções comuns e partilhadas para os problemas que afligem o nosso planeta e encorajou os países a empreenderem reformas.
Manifestou sua satisfação com o Tratado para a Proibição das Armas Nucleares, com sua iminente viagem ao Iraque e o prolongamento do Acordo Provisório entre Santa Sé e China sobre a nomeação dos Bispos. “Trata-se de um entendimento de caráter essencialmente pastoral e a Santa Sé espera que o caminho percorrido continue, em espírito de respeito e mútua confiança". Ele também desejou paz para Mianmar, Líbano, Terra Santa e Líbia e fez votos de que em 2021 se possa inscrever a palavra “fim” no conflito na Síria e não esqueceu a República Centro-Africana, Coreia e América Latina.
6. Terrorismo - O terrorismo também preocupa o Santo Padre, pois, com frequência, atinge os locais de culto e defendeu a liberdade de pensamento, consciência e religião.
7. Crise nas relações humanas – Para o Santo Padre esta é a mais grave de todas: Ele falou em “catástrofe educativa”, acirrada com a pandemia, que evidenciou a desigualdade no acesso à instrução, relegando milhões de estudantes a um limbo pedagógico. A Covid-19 impactou também nos relacionamentos familiares, com o aumento da violência doméstica e nas limitações da liberdade religiosa.
“Um bom cuidado do corpo nunca pode prescindir do cuidado da alma”, disse Francisco, que concluiu: “O ano de 2021 é um tempo a não perder; e não se perderá na medida em que soubermos colaborar com generosidade e empenho. Neste sentido, considero que a fraternidade seja o verdadeiro remédio para a pandemia e os inúmeros males que nos atingiram. Fraternidade e esperança são remédios de que o mundo precisa, hoje, tanto como as vacinas.”
Fonte: Com informações da Vatican News
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