Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 02 MAR 2020 - 11H56

Francisco deixa mensagem de esperança diante do exílio e da solidão

A misericórdia e a consolação para os migrantes esteve no centro da fala do Papa Francisco na catequese desta quarta-feira (13). O tema bíblico refletido neste dia foi retirado do livro de Jeremias, onde o profeta anuncia que Deus dará a libertação ao seu povo.

"No livro do profeta Jeremias os capítulos 30 e 31 são conhecidos como 'Livro da Consolação' porque neles a misericórdia de Deus se apresenta com toda a sua capacidade de confortar e abrir o coração dos aflitos à esperança. Hoje queremos também nós ouvir essa mensagem de consolação", indicou Francisco no início de sua catequese. 

O Papa explica que o profeta dá uma primeira resposta e revela ao povo exilado de Israel que “vai voltar a ver a sua terra e experimentar a misericórdia de Deus”.

“O exílio foi uma experiência devastante para Israel”, afirmou Francisco. A fé de Israel vacilou, sentiu-se abandonado por Deus e, vendo a pátria destruída, era “difícil continuar a acreditar na bondade do Senhor”.

Nesse momento o Papa recordou a realidade vivenciada na Albânia, país que visitou em setembro de 2014: “Mas me vem à mente a Albânia e, como depois de tanta perseguição e destruição, o País conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé”, recordou Francisco. 

“Também nós podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento, a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus", refletiu.  

"Quantas vezes ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim". completou o Papa. 

Migrantes

Neste ponto, Francisco citou os migrantes que vivem uma real e dramática situação, longe de sua pátria, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da perda dos entes queridos!

“Quantos tentam chegar em outros lugares e lhes fecham as portas. E estão ali na fronteira, porque tantas portas e tantos corações estão fechados. Os migrantes de hoje que sofrem, que sofrem a céu aberto, sem alimento, e não podem entrar, não sentem a acolhida. Como gosto quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas”.

O Papa então voltou ao “Livro da Consolação” para afirmar que Deus não está ausente e não se deve ceder ao desespero: “o Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de todos os temores”.

“O Senhor é fiel, não abandona à desolação. Deus ama com um amor sem limites, que tampouco o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de consolação”, disse.

“O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé, acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”, exortou Francisco.

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