O Papa Francisco chegou ao Sri Lanka, país asiático, na madrugada desta terça-feira, 13, para uma visita de dois dias. Ao chegar ao país, saudado pelo presidente eleito no último dia 8, o Santo Padre manifestou o que espera com sua visita:
“Na qualidade de pastor universal da Igreja Católica, vim para encontrar e encorajar os católicos desta ilha, e para rezar com eles. Um ponto central desta visita será a canonização do beato Joseph Vaz, cujo exemplo de caridade cristã e de respeito para cada pessoa, sem distinção de etnia ou de religião, continua ainda hoje a inspirar-nos e a servir-nos de mestre. Mas a minha visita quer também exprimir o amor e a preocupação da Igreja para com todos os sri-lankeses, e confirmar o desejo da comunidade católica de ser ativamente partícipe da vida desta sociedade”.
O Pontífice fez questão de lembrar que o Sri Lanka passou em décadas anteriores pelo horror da guerra civil e que agora neste momento em que procura consolidar a paz é preciso combater "o mal com o bem" e promover as virtudes que incentivam a reconciliação, a solidariedade e a paz.
Francisco recordou ainda o papel essencial e delicado que as várias tradições religiosas do país têm a desempenhar no processo de reconciliação e reconstrução do país. E exprimiu o desejo de que todos tenham voz, trabalhem juntos e aprendam a viver juntos como uma família. "A diversidade seja vista como uma riqueza e não uma ameaça", frisou o Papa.
No final da tarde (a diferença de horário do Sri Lanka é de oito horas e meia a menos que o de Brasília), o Papa encontrou líderes religiosos na capital Colombo. Participaram representantes das religiões budistas, hindu e muçulmana, e um bispo anglicano. Ao discursar, Francisco apelou para a condenação do fundamentalismo:
“A bem da paz, não se deve permitir que se abuse das crenças para a causa da violência ou da guerra. Devemos ser claros e inequívocos ao desafiar as nossas comunidades a viverem plenamente os princípios da paz e da coexistência, que se encontram em cada religião, e denunciar atos de violência sempre que são cometidos”, assinalou.
Foto de: reprodução Rádio Vaticano.
Na foto, o Papa veste um manto laranja
oferecido pelo representante hindu.
“Espero que a cooperação inter-religiosa e ecumênica prove que os homens e as mulheres não têm de esquecer a própria identidade, tanto étnica como religiosa, para viverem em harmonia com os seus irmãos e irmãs”, acrescentou.
Ao falar para os católicos deste país, cerca de 6%, disse ser "uma graça especial" visitá-los e confirmá-los na fé em Cristo e rezar com eles em suas alegrias e sofrimentos, ao mesmo tempo manifestou alegria de partilhar sua palavra com as grandes tradições religiosas do país.
O Sri Lanka é um país de religião budista na maioria dos seus habitantes, cerca de 70%. As religiões hindu, muçulmana e cristã se encontram em evidente minoria.
Na quarta-feira, 14, segundo e último dia da visita, o Santo Padre preside a missa pela canonização do Padre José Vaz, religioso oratoriano que viveu entre os séculos XVII e XVIII, que realizou uma importante obra de evangelização em Sri Lanka, beatificado exatamente vinte anos atrás por João Paulo II. Em seguida, o Papa rezará uma oração mariana no Santuário de Nossa Senhora do Rosário em Madhu, o mais frequentado do país e depois, despede-se do país para seguir a viagem às Filipinas, país na Ásia com o maior número de católicos, cerca de 80%.
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