Em 2019, o Santo Padre, o Papa Francisco, escreveu o prefácio de um livro lançado recentemente na Itália. Intitulado de “Mulheres crucificadas - A vergonha do tráfico contada da rua”, a obra foi escrita por Padre Aldo Buonaiuto, sacerdote da Comunidade Papa João XXIII.
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Francisco declarou que, quando teve oportunidade de visitar a comunidade à qual Padre Aldo pertence, viu na casa de acolhimento deles mulheres realmente crucificadas.
Elas tinham sido libertadas do tráfico e da prostituição forçada. “Respirei a dor, a injustiça e o efeito da opressão. Uma ocasião para reviver as feridas de Cristo”, afirma o Papa.
Francisco mostra sentir um forte desejo, uma exigência de fazer súplicas pelas torturas que elas tiveram que suportar, por causa dos clientes. “Uma pessoa nunca pode ser colocada à venda. Por isso, estou feliz de conhecer o trabalho precioso e corajoso de assistência e reabilitação que o Padre Aldo Buonaiuto realiza há vários anos”.
O Sumo Pontífice também não deixou de lembrar sobre a disponibilidade do padre de expor-se aos perigos e retaliações da criminalidade, que fez dessas mulheres uma fonte inexaurível de ganhos ilícitos e vergonhosos. “Gostaria que este livro fosse acolhido no contexto mais amplo possível, a fim de que, conhecendo as histórias que estão por trás do número chocante do tráfico, se possa entender que, sem deter essa alta demanda de clientes, não será possível combater de maneira eficaz a exploração e a humilhação de vidas inocentes”.
Para o Papa, é preciso uma tomada de consciência individual e coletiva, e também eclesial, para ajudar a impedir que a iniquidade do mundo caia sobre as criaturas mais frágeis e indefesas.
O Santo Padre ainda acrescenta:
- Toda forma de prostituição é uma escravidão;
- Um ato criminoso;
- Um péssimo vício, que confunde a relação de amor com o desafogar os próprios instintos;
- É tortura da mulher que está indefesa;
- É uma ferida na consciência coletiva;
- A mentalidade de que uma mulher deve ser explorada como uma mercadoria, para usar e depois jogar fora, é patológica e um desvio ao imaginário corrente;
- É uma doença da humanidade;
- Uma maneira errada de pensar da sociedade.
“Libertar essas pobres escravas é um gesto de misericórdia e um dever para todos os homens de boa vontade. O seu grito de dor não pode deixar indiferentes pessoas e instituições. Ninguém deve virar o rosto para o outro lado ou lavar as mãos do sangue inocente que é derramado nas estradas do mundo”, finaliza o Papa.
Fonte: *Com Informações da Vatican News
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