Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 02 MAR 2020 - 11H38

Os três exercícios de Francisco para os sacerdotes

Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus a Igreja celebra o Dia de Oração pela Santificação do Clero. Neste dia (03) o Papa Francisco presidiu a missa do Jubileu dos Sacerdotes na Praça de São Pedro. 

Na homilia Francisco indicou três ações, três exercícios para o "treinamento" da vocação sacerdotal. A partir das leituras do dia, o Papa falou que os padres devem exercitar a procura, a inclusão e a alegria no cumprimento da vocação para a qual foram chamados. 

pastor e ovelhaPROCURAR
O padre não é um inspetor do rebanho é um obstinado em sua missão

Assim como o profeta Ezequiel lembrou-nos que Deus em pessoa procura as suas ovelhas (cf. Ez 34, 11.16), sem se deixar atemorizar pelos riscos; o coração do padre, depois que as encontra, se esquece do cansaço e carrega-as aos ombros, cheio de alegria. Tal é o coração que procura: é um coração que não privatiza os tempos e os espaços. Ai dos pastores que privatizam o seu ministério! O pastor segundo o coração de Deus não defende as comodidades próprias, não se preocupa por tutelar o seu bom nome, mas será caluniado, como Jesus. Sem medo das críticas, está disposto a arriscar para imitar o seu Senhor. Não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito; é um pastor, não um inspetor do rebanho; dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. É obstinado no bem e como todo o bom cristão, está sempre em saída de si mesmo. 

 

Cristo ama e conhece as suas ovelhas, dá a vida por elas e nenhuma Lhe é desconhecida (cf. Jo 10, 11-14). O seu rebanho é a sua família e a sua vida. Não é um líder temido pelas ovelhas, mas o Pastor que caminha com elas e as chama pelo nome (cf. Jo 10, 3-4). E quer reunir as ovelhas que ainda não habitam com Ele (cf. Jo 10, 16). Assim é também o sacerdote de Cristo: é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não repreende quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir.

pastor e ovelhaALEGRAR-SE
O padre se alegra com a conversão de suas ovelhas

Deus está ‘cheio de alegria’ (cf. Lc 15, 5): a sua alegria nasce do perdão, da vida que ressurge, do filho que respira novamente o ar de casa. Esta é também a alegria do sacerdote, transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, experimenta a força do amor de Deus e permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus.

 

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