Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 06 MAR 2020 - 11H19

Padre analisa mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz

A mensagem do Papa Francisco para o 48.º Dia Mundial da Paz traz uma reflexão sobre a escravidão e o tráfico de pessoas.

O Pontífice escolheu como tema ‘Não mais escravos, mas irmãos’, onde aborda as causas da escravidão bem como as formas de solucioná-la, o que envolve um esforço comum para globalizar a solidariedade.

.::. Acesse aqui a Dia Mundial da Paz na íntegra.

A pedido do A12.com, o Missionário Redentorista, padre Rodrigo Arnoso fez uma análise da mensagem para a celebração do XLVIII dia Mundial da Paz:

Um Papa a serviço da paz

Seguindo a tradição dos seus antecessores, o Papa Francisco envia para todo o mundo a sua Mensagem para a celebração do XLVIII dia Mundial da Paz, na data em que celebramos o começo de um novo ano civil, sobre o olhar daquela que é a mãe do Senhor da Paz, a Theotokos.

Desde o ínicio do seu ministério petrino, temos testemunhado inúmeros gestos de um papa que se coloca a serviço da promoção da paz.

Nas suas visitas apostólicas e pastorais, nos encontros com líderes religiosos e políticos, Francisco não se cansa de insistir na necessidade de um trabalho constante e de conjunto em favor da construção de uma sociedade que respeite a diversidade cultural, mas que a partir da pluralidade promova a paz e a concórdia entre os povos.

A mensagem dirigida pelos papas em razão da celebração do dia Mundial pela Paz, busca sempre nas Sagradas Escrituras uma inspiração. Neste ano Francisco recorre a Carta do apóstolo dos gentios, Paulo dedicada a comunidade de Filémon 15-16: “Já não escravos, mas irmãos”.

 

A fé em Jesus Cristo, nos convida a uma vida de fraternidade. Não é possível afirmamos que somos cristãos, se em nossos corações não se encontra o desejo de formamos uma grande família.

A fé em Jesus Cristo, nos convida a uma vida de fraternidade. Não é possível afirmarmos que somos cristãos, se em nossos corações não se encontra o desejo de formamos uma grande família. É incoerente afirmar que somos discípulos de Jesus Cristo, quando justificamos e alimentamos situações e formas de exclusões em tempos hodiernos.

O seguimento de Jesus Cristo exige de sua comunidade uma presença profética no mundo, indicando a possibilidade da construção, com Ele, de uma nova sociedade, marcada pela cultura da paz, consequentemente livre de situações que escravizam o homem e a mulher.

Muitos em nosso tempo, ao navegarem pela internet, ao folearem revistas ou jornais, ao acompanharem os telejornais assustam-se quando se deparam com notícias que nos relatam realidades em que a pessoa humana é submetida à situações de escravidão. Não é desconhecido para nós brasileiros, que em diversos lugares desta nossa amada Pátria Brasil, a existência de algozes que sobrevivem do escravizar pessoas, para manterem os seus grandes impérios.

É vergonhoso ter conhecimento da existência de crianças que são vendidas para servirem ao turismo sexual, pessoas que trabalham em situações insálubres, homens e mulheres que são obrigadas a viverem confinados em grandes latifúndios, servindo apenas como máquinas de geração de volumosas quantias em dinheiro, do qual apenas uma ínfima parte da população desfruta.

Chamados a viverem como irmãos, eis o grande apelo de Francisco neste ano em favor da promoção da Paz. Não é possível dizermos que somos cristãos se aceitamos, justificamos ou promovemos as situações de escravidão em nossa sociedade. A presença da comunidade cristã no mundo, deve ser um grito profético, provocatório e convocatório.

Uma chamada de atenção de toda a sociedade para a superação de todas as situações que colocam em risco a dignidade do existir humano . Estamos vivendo o ano da Paz e com o Papa Francisco, queremos concretizá-la em nosso meio. Na certeza de que o Reino de Deus não permite formas de exclusões, mas ações concretas em favor da busca da plenitude da vida.

Como discípulos e missionários de Jesus Cristo devemos conduzir as nossas comunidades a vivência de uma fraternidade universal, que nos ajude a superar as diversas fronteiras que muitas vezes nos impedem de nos unirmos em favor de uma única causa, a da paz universal.

Diálogo, respeito, acolhida, comunhão, disponibilidade, solidariedade eis alguns elementos importantes para que sejamos reconhecidos como irmãos uns dos outros e não escravos, promotores de paz e não de distanciamento entre os povos.

Padre Rodrigo Arnoso, C.Ss.R.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Redação A12, em Santo Padre

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...