Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 08 MAI 2020 - 09H45

Papa: Deixemo-nos consolar pelo Deus da proximidade

O Papa Francisco presidiu a Missa na Casa Santa Marta, no Vaticano, na manhã desta sexta-feira (08), da IV Semana da Páscoa e  dia da Súplica a Nossa Senhora de Pompeia. Na introdução, recordou o Dia Mundial da Cruz Vermelha:

"Hoje, se celebra o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Rezemos pelas pessoas que trabalham nestas beneméritas instituições: que o Senhor abençoe o trabalho delas, que fazem tanto bem".

Na homilia, o Papa comentou o Evangelho do dia (Jo 14, 1-6) em que Jesus diz aos seus discípulos: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas (…) Quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós”.

Este diálogo de Jesus com os discípulos – recordou Francisco – se realiza durante a Última Ceia:

“Jesus está triste e todos estão tristes: Jesus disse que seria traído por um deles”, mas, ao mesmo tempo, começa a consolar os seus: “O Senhor consola os seus discípulos e aqui vemos como é o modo de consolar de Jesus. Nós temos muitos modos de consolar, dos mais autênticos, dos mais próximos aos mais formais, como aqueles telegramas de pêsames: ‘Profundamente consternado por…’ Não consola ninguém, é uma finta, é a consolação de formalidade. Mas como o Senhor consola? É importante saber isso, porque também nós, quando em nossa vida devemos passar momentos de tristeza” – ressaltou o Santo Padre –, devemos aprender a “perceber qual é a verdadeira consolação do Senhor”.

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“Nesta passagem do Evangelho – observou – vemos que o Senhor consola sempre na proximidade, com a verdade e na esperança”. São os traços da consolação do Senhor.

“Na proximidade, jamais distantes”.

O Papa recordou “aquela bela palavra do Senhor: “Estou aqui, convosco”. Muitas vezes está presente no silêncio, mas sabemos que Ele está presente. Ele está presente sempre. Aquela proximidade que é o estilo de Deus, também na Encarnação, fazer-se próximo de nós. O Senhor consola na proximidade. E não usa palavras vazias, aliás: prefere o silêncio. A força da proximidade, da presença. E fala pouco. Mas está próximo”.

Um segundo traço do modo de consolar" de Jesus é a verdade: Jesus é verdadeiro. Não diz coisas formais que são mentiras: ‘Não, fique tranquilo, tudo passará, nada acontecerá, passará, as coisas passam…’. Não. Diz a verdade. Não esconde a verdade. Porque Ele mesmo nessa passagem diz:

‘Eu sou a verdade’. E a verdade é: ‘Eu vou embora’, isto é, ‘Eu morrerei’. Estamos diante da morte. É a verdade. E diz isso simplesmente e também o diz com mansidão, sem ferir: estamos diante da morte. Não esconde a verdade”.

O terceiro traço da consolação de Jesus é a esperança. Diz: “Sim, é um momento difícil. Mas não se perturbe o vosso coração: Tende fé em mim também”, porque “na casa de meu Pai há muitas moradas. Vou preparar um lugar para vós”.

Leia MaisAdiadas beatificações programadas para maio e junhoA Igreja “misericordiando”: Indulgências durante a pandemiaEle por primeiro vai abrir as portas daquela morada para onde nos quer levar:

“Voltarei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós”.

“O Senhor volta toda vez que alguém de nós está em caminho para ir embora deste mundo. ‘Voltarei e vos levarei’: a esperança. Ele virá e nos tomará pela mão e nos levará. Não diz: ‘Não, vós não sofrereis, não há nada’. Não. Diz a verdade: ‘Estou próximo de vós, está é a verdade: é um momento difícil, de perigo, de morte. Mas não se perturbe o vosso coração, permanecei naquela paz, aquela paz subjacente a toda consolação, porque eu virei e pela mão vos levarei para onde eu estarei’.”

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Não é fácil – afirmou o Papa – deixar-se consolar pelo Senhor. Muitas vezes, nos momentos difíceis, nós nos enraivecemos com o Senhor e não deixamos que Ele venha e nos fale assim, com esta doçura, com esta proximidade, com esta mansidão, com esta verdade e com esta esperança".

"Peçamos a graça de aprender a deixar-nos consolar pelo Senhor. A consolação do Senhor é verdadeira, não engana. Não é anestesia, não. Mas é próxima, é verdadeira e nos abre as portas da esperança.”

Fonte: Vatican News

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