O Papa Francisco enalteceu hoje, 11, no Vaticano, o testemunho de vida espiritual dos idosos e recordou o exemplo do papa emérito Bento XVI. O Santo Padre desafiou os católicos a promover o encontro entre gerações.
“Como gostaria de uma Igreja que desafia a cultura do descarte com a alegria transbordante de um novo abraço entre os jovens e os idosos. É isto o que peço hoje ao Senhor, este abraço”, falou diante das milhares de pessoas que o aguardavam na Praça São Pedro para a catequese semanal.
Papa Francisco reforçou a importância da experiência de vida dos mais velhos, como fonte de ensinamentos para as novas gerações. “Nós, os idosos, podemos lembrar aos jovens ambiciosos que uma vida sem amor é árida. Podemos dizer aos jovens temerosos que a angústia pelo futuro pode ser vencida. Podemos ensinar aos jovens demasiado enamorados por si próprios que há mais alegria em dar do que em receber”, afirmou.
O Papa realçou então que a oração dos idosos é um “grande dom para a Igreja” e uma “grande injeção de sabedoria para toda a sociedade”, em particular para a que está demasiado “ocupada” ou “distraída”. Em seguida, lembrou o testemunho do papa emérito.
“Olhemos para Bento XVI, que decidiu passar na oração e na escuta de Deus a última etapa da sua vida. Isto é bonito”, sublinhou.
O pontífice recordou que quando esteve nas Filipinas, em janeiro, foi chamado de ‘lolo Kiko’, isto é, ‘avô Francisco’.
“Este período da vida é diferente dos outros que o precedem, sem dúvida, e temos de o inventar, de certa forma, porque as nossas sociedades não estão preparadas, espiritual e moralmente, para lhe dar o seu pleno valor”, observou.
Por outro lado, o Papa lamentou aqueles que se resignaram com o passar dos anos. “Como é feio o cinismo de um idoso que perdeu o sentido do testemunho, que despreza os jovens e não comunica a sabedoria da vida”. E finalizou: “Trago ainda comigo, no meu breviário, as palavras que minha avó me deu no dia da minha ordenação sacerdotal”, confessou.
O Papa assinalou, a este respeito, que a própria Igreja sente a necessidade de “delinear uma espiritualidade das pessoas idosas”, que podem “interceder pelas expectativas das novas gerações”.
Ao final, o Papa cumprimentou os peregrinos de língua portuguesa presentes no Vaticano.
“Faço votos de que as comunidades cristãs ofereçam ao mundo um testemunho de respeito e veneração pelos idosos, conscientes de que eles podem transmitir de um modo privilegiado o sentido da fé e da vida! Obrigado pela vossa presença”, disse.
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