Recentemente, o Papa Francisco se dirigiu aos idosos por ocasião do Dia Mundial da Conscientização sobre o Abuso de Idosos, com um tweet na plataforma X (antigo Twitter):
O termo “eutanásia oculta”, à qual o Papa se refere, é uma cultura de morte na qual prevalecem a exclusão e o descarte. Uma lógica perversa que leva a privar as pessoas em idade avançada dos cuidados e medicamentos necessários.
Em vários momentos de seu pontificado, o Papa mostrou estar preocupado com a atitude da sociedade perante os mais velhos:
“Em vários países, os idosos devem tomar quatro ou cinco remédios e só conseguem obter dois: isso é eutanásia progressiva, porque não lhes é dado o que precisam para se curarem”, disse o Santo Padre em seu discurso aos membros da Associação Religiosa dos Institutos Sociais e de Saúde (Aris) em 2023.
“Eles não são úteis, e o que não serve é descartado. Recordo-me que visitei uma casa de repouso estatal para idosos em Buenos Aires, onde todos os leitos estavam ocupados, e dado que não havia outras camas disponíveis, punham colchões no chão e ali dormiam os velhinhos. Um país não tem dinheiro para comprar uma cama? Isto indica outra coisa, não? Trata-se de material descartável. Lençóis manchados, com todos os tipos de sujeira! Sem guardanapos, os pobrezinhos comiam ali, e limpavam a boca com os lençóis… Eu vi isto pessoalmente, ninguém me disse”, denunciou o Pontífice em seu discurso aos membros da Pontifícia Comissão para a América Latina, em 28 de fevereiro de 2014.
“Essa eutanásia oculta encurta a vida dos idosos. Com isso, negamos a esperança, a esperança que está nas raízes que os idosos nos dão”, reforçou o Papa na Assembleia Plenária da Pontifícia Academia para a Vida em 2021.
“Em alguns casos, são o resultado de uma exclusão planejada, uma espécie de triste ‘conjura social’; em outros casos, trata-se infelizmente de uma decisão própria. Em outros ainda, suportam-se fingindo que se trata de uma opção autônoma. Cada vez mais perdemos o gosto da fraternidade”, lamenta-se Francisco em sua mensagem por ocasião do 4° Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.
“Os idosos não devem ser excluídos ou descartados. Merecem sinais de esperança. É preciso valorizar o tesouro que eles são, a sua experiência de vida, a sabedoria que trazem consigo e o contributo que podem dar, é um empenho para a comunidade cristã e a sociedade civil, chamadas a trabalhar em conjunto em prol da aliança entre as gerações”, sublinhou o Pontífice na Bula de Indicação do Jubileu Ordinário do Ano 2025.
Diante das palavras incisivas do Papa Francisco, é crucial refletirmos sobre a urgência de valorizar e proteger nossos idosos, em vez de submetê-los a uma realidade de exclusão e negligência.
A denúncia da “eutanásia oculta” não se limita a questões médicas, mas revela uma profunda falha em nossa capacidade de reconhecer o valor humano em todas as fases da vida. Cada idoso carrega consigo uma riqueza de experiência e sabedoria que enriquece não apenas suas famílias, mas toda a sociedade.
Portanto, o desafio que nos é lançado vai além de políticas de saúde ou assistência social; trata-se de restaurar o sentido de fraternidade e respeito mútuo em nossa comunidade global, onde cada geração contribui de maneira única para um futuro mais justo e humano.
Fonte: Vatican News
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