"A Igreja foi fundada por Jesus Cristo, mas a sua preparação na história começou muito antes. Com Abraão, Deus dá início a um povo que há-de levar a sua bênção a todas as famílias da terra. Quem toma a iniciativa é Deus, que se dirige a Abraão convidando-o a entrar numa relação nova com Ele. Assim Deus forma um povo com todos aqueles que escutam a sua palavra e, confiados n’Ele, se põem a caminho", continuou o Papa.
Contudo ao longo dessa história, a humanidade nem sempre correspondeu fielmente a Deus Pai. "No seu amor, Deus antecipa-se a Abraão, como já o tinha feito com o próprio Adão. Mas, a resposta deste povo a Deus, que o quis e formou, ficará marcada, ao longo da história, por resistências e infidelidades humanas", afirmou o Papa. Contudo, mesmo diante dessa recusa, Deus não desistiu da humanidade e continuou a educá-la e formá-la "como faz um pai com o seu filho", completou.
O Santo Padre aprofundou ainda as atitudes de recusa dos cristãos no seguimento do Senhor."De fato, nós prometemos seguir o Senhor, mas, no dia-a-dia, quantas vezes fazemos experiência do nosso egoísmo e da dureza do nosso coração".
Experiência que só encontra sentido quando o homem e a mulher reconhece o seu pecado e volta para Deus, para receber Dele o seu amor e misericórdia, acrescentou Francisco."Ele enche-nos da sua misericórdia e do seu amor. É precisamente isto que nos faz crescer como povo de Deus, como Igreja: não é pela nossa habilidade, pelos nossos méritos, mas pela experiência que diariamente fazemos de quanto o Senhor nos quer bem e cuida de nós".
O Santo Padre concluiu a catequese com um apelo especial por todos os refugiados do mundo, em virtude da celebração do Dia Mundial do Refugiado, na próxima sexta-feira.
“Depois de amanhã, 20 de junho, ocorre o Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade internacional dedica aos que são obrigados a deixar a sua própria terra para fugir dos conflitos e das perseguições. O número destes irmãos refugiados está a crescer e, nestes últimos dias, outros milhares de pessoas foram levadas a deixar as suas casas para se salvarem. Milhões de famílias refugiadas de tantos países e de todos os credos religiosos vivem nas suas histórias dramas e feridas que dificilmente poderão ser sanadas. Estejamos próximos delas, partilhando os seus medos e incertezas pelo seu futuro e aliviando concretamente os seus sofrimentos. O Senhor sustente as pessoas e as instituições que trabalham com generosidade para assegurar aos refugiados acolhimento e dignidade dando-lhes motivos de esperança.”
Recordando que Jesus, com Maria e José, também foi refugiado, o Papa Francisco invocou a proteção de Nossa Senhora.
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