Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 03 MAR 2020 - 13H58

Papa: ‘O mundo não entendeu o caminho da paz’

“O mundo inteiro hoje está em guerra para a qual não há justificativa”, afirmou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada nesta quinta-feira (19) na Casa Santa Marta.

O Pontífice comentou o Evangelho de Lucas em que Jesus se comove e chora sobre Jerusalém. Jesus se aproximou, e quando viu a cidade, começou a chorar. Depois diz: “Se também você compreendesse hoje o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos seus olhos”.

O Papa repetiu as palavras de Jesus e acrescentou: “Mas também hoje, Jesus chora. Porque nós preferimos o caminho das guerras, o caminho do ódio, o caminho das inimizades. Estamos próximos ao Natal: teremos luzes, festas, árvores luminosas e presépio. Tudo falso: o mundo continua fazendo guerras. O mundo não entendeu o caminho da paz.”

Francisco recordou as celebrações recentes sobre a II Guerra Mundial, as bombas de Hiroshima e Nagasaki, a sua visita a Redipuglia no ano passado para o aniversário da Grande Guerra. “Tragédias inúteis”, repete usando as palavras de Bento XVI. “Em todo lugar existe guerra, hoje, existe ódio”, ressalta. Depois faz uma pergunta: “O que permanece de uma guerra, desta, que estamos vivendo agora?

 

(...) o mundo continua fazendo guerras. O mundo não entendeu o caminho da paz.

“O que resta? Ruínas, milhares de crianças sem educação, tantos mortos inocentes: tantos!, e muito dinheiro nos bolsos dos traficantes de armas. Jesus disse uma vez: 'Você não pode servir a dois senhores: ou Deus ou as riquezas’. A guerra é a escolha pelas riquezas: “Vamos construir armas, assim a economia vai equilibrar um pouco, e vamos continuar com os nossos interesses’. Há uma palavra feia do Senhor: 'Malditos'. Porque Ele disse: "Bem-aventurados os pacificadores"!. Estes que trabalham a guerra, que fazem as guerras, são malditos, são criminosos. Uma guerra pode ser justificada - entre aspas - com muitas, muitas razões. Mas quando todo o mundo, como é hoje, está em guerra, todo o mundo: é uma guerra mundial – a pedaços: aqui, ali, lá, em todos os lugares ... - não há nenhuma justificação. E Deus chora. Jesus chora”.

O Santo Padre ainda prosseguiu dizendo que enquanto os traficantes de armas fazem o seu trabalho, há os pobres pacificadores que dedicam e arriscam a vida a ajudar as pessoas. Como exemplo, o Pontífice citou o exemplo de Madre Teresa de Calcutá.

“Nós fará bem pedir a graça das lágrimas, por este mundo que não reconhece o caminho da paz. Quem vive para fazer a guerra, com o cinismo de dizer para não fazê-la. Peçamos a conversão do coração. Precisamente às portas deste Jubileu da Misericórdia, que o nosso júbilo, a nossa alegria sejam a graça que o mundo reencontre a capacidade de chorar pelos seus crimes, por aquilo que faz com as guerras”.

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