segunda-feira (13), o Papa Francisco recebeu o Corpo Diplomático formado pelos países que mantêm relação com a Santa Sé. No encontro, o Pontífice congratulou os diplomatas pelo novo ano e apresentou reflexões sobre realidades mundiais.
Em sua mensagem, o Papa destacou realidades que envolvem a família, os idosos e os jovens e pediu que se favoreça “uma cultura do encontro”.
Essa reflexão tem sido um tema recorrente do ministério do Papa Francisco. Para o Santo Padre, somente a partir da união das nações os problemas poderão ser vencidos, e a partir do diálogo os conflitos serão minimizados.
Destacando a mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Pontífice falou aos diplomadas sobre o valor da fraternidade na buca da paz, enfatizando a família.
“A fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família”, a qual, “por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor”, disse o Papa.
Papa Francisco analisou o aumento do número de famílias divididas pela falta do “sentido de pertença” que caracteriza o mundo na atualidade e também pelas dificuldades que enfrentam para sua subsistência. ”Tornam-se necessárias políticas adequadas que apoiem, promovam e consolidem a família”, sublinhou.
Sobre a realidade dos idosos e jovens, o Papa destacou que em muitas ocasiões, a sociedade considera os idosos como um “peso” diante de suas limitações físicas, enquanto para os jovens faltam “perspectivas seguras” para seu futuro.
Diante dos representes das diversas nações, o Papa pediu que os idosos não sejam marginalizados e que os jovens possam contar com iniciativas adequadas para “encontrar um trabalho e fundar um lar doméstico”.
Continuando a reflexão, o Santo Padre voltou a destacar a importância da cultura do encontro para abrir novas perspectivas para as nações.
“O egoísmo e o isolmento criam sempre uma atmosfera asfixiante e pesada, que mais cedo ou mais tarde acaba por estiolar e sufocar. Ao contrário, serve um compromisso comum de todos para favorecer uma cultura do encontro, porque só quem consegue ir ao encontro dos outros é capaz de dar fruto, criar vínculos de comunhão, irradiar alegria, construir a paz”.
Na sequência o Papa destacou que muitos fatos que ocorreram em 2013, evidenciaram o sofrimento causado pelo isolamento, ao passo, que manifestou a sua esperança na resolução do conflito na Síria. “É com esta confiança que desejo olhar para o ano que está à nossa frente. Por isso, não cesso de esperar que tenha finalmente termo o conflito na Síria”.
O Papa falou ainda sobre o caminho diplomático do diálogo para buscar cooperação entre as nações do Oriente Médio, na África, na República da Coreia, e ainda questões relacionadas com os recursos ambientais, a dignidade da vida humana desde o ventre materno, o tráfico humano e a escravidão moderna.
Por fim, o Papa recordou o Papa Paulo VI que dizia que “a paz não se reduz a uma ausência de guerra, fruto do equilíbrio sempre precário das forças. Constrói-se, dia a dia, na busca de uma ordem querida por Deus, que traz consigo uma justiça mais perfeita entre os homens” e afirmou que “este é o espírito que anima a ação da Igreja em todo o mundo”.
“Por isso, no início deste novo ano, desejo reiterar a disponibilidade da Santa Sé, e particularmente da Secretaria de Estado, em colaborar com os vossos países para favorecer aqueles laços de fraternidade que são reflexo do amor de Deus e fundamento da concórdia e da paz. Sobre vós, as vossas famílias e os vossos povos, desça copiosa a bênção do Senhor. Obrigado!”, finalizou.
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