A missa conclusiva da visita do Papa Francisco às Filipinas, neste domingo, 18, em Manila, reuniu uma multidão de 6 milhões de fiéis, segundo organizadores. Ao falar para os filipinos, o Santo Padre desafiou os católicos a lutar contra a pobreza e defender a família.
“Pelo pecado, o homem destruiu a unidade e a beleza da nossa família humana, criando estruturas sociais que perpetuam a pobreza, a ignorância e a corrupção”, disse Francisco, durante a maior celebração do atual pontificado, junto ao estádio ‘Quirino Grandstand’, na área do Parque Rizal.
O Papa alertou também para a necessidade de promover a família e a vida. “Hoje, infelizmente, a família tem necessidade de ser protegida de ataques insidiosos e programas contrários a tudo o que nós consideramos de mais verdadeiro e sagrado, tudo o que há de mais nobre e belo na nossa cultura”, advertiu.
Francisco convidou a ver em cada criança “um dom que deve ser acolhido, amado e protegido”. “Devemos cuidar dos jovens, não permitindo que lhes seja roubada a esperança e sejam condenados a viver pelas ruas”, acrescentou, aludindo a um problema particularmente sentido nas Filipinas.
A homilia foi centrada no ‘Santo Niño’ (Menino Jesus) de Cebu, a imagem cristã mais antiga das Filipinas, ligada à evangelização inicial do arquipélago.
Francisco refletiu sobre a importância da “infância espiritual”, no interior de cada pessoa, e da representação de Jesus como uma “criança frágil” que “trouxe ao mundo a bondade de Deus, a misericórdia e a justiça” e convidou os fiéis a serem como as crianças, com a sua “sabedoria própria, que não é a sabedoria do mundo”.
“O 'Santo Niño' continue a abençoar as Filipinas e a sustentar os cristãos desta grande nação na sua vocação de ser testemunhas e missionários da alegria do Evangelho, na Ásia e no mundo inteiro”, concluiu.
A Autoridade Metropolitana para o Desenvolvimento de Manila registrou oficialmente o número de seis milhões de participantes, o que representa um recorde na história dos pontificados. A multidão acompanhou a celebração debaixo de chuva.
O país asiático tem cerca de 100 milhões de habitantes, 80% dos quais são católicos; o recorde de participantes numa celebração pontifícia até hoje também tinha acontecido em Manila, durante a Jornada Mundial da Juventude de 1995, presidida por São João Paulo II.
O arcebispo de Manila, cardeal Luis Antonio Tagle, despediu-se do Papa em nome da multidão de hoje e dos últimos dias: "Todos os filipinos querem ir consigo! (risos) Não tenha medo: todos os filipinos quer ir consigo, não para Roma, mas para as periferias".
A cerimônia de despedida do Papa Francisco está marcada para a manhã de segunda-feira, 19.
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