Por Redação A12 Em Santo Padre Atualizada em 06 MAR 2020 - 10H40

Três atitudes que definem os dois anos de pontificado do Papa Francisco


"E agora eu gostaria de dar a bênção, mas antes… antes peço-vos um favor: antes de o bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que Ele me abençoe: a oração do povo que pede a bênção para o seu bispo. Façamos em silêncio esta oração de vós por mim”. 

Essas foram as primeiras palavras do Papa Francisco depois de ter sido apresentado no balcão da Basílica de São Pedro no dia 13 de março de 2013. Palavras simples e humildes que marcaram profundamente o início do pontificado do primeiro papa latino-americano e que conquistaram os católicos em todo o mundo. 

Logo depois desse primeiro contato, já na primeira semana, foram inúmeras as manifestações do Papa que surpreenderam o mundo. Atitudes espontâneas e amáveis que destacaram não somente um “novo estilo”, mas também apresentaram o “frescor” do conteúdo Evangelho, como definiu editorial da Rádio Vaticano nesta sexta-feira, 13. 

Entre as pessoas que convivem cotidianamente com o Papa, está o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi. Em entrevista à Rádio Vaticano, o diretor apresentou três imagens que podem identificar esses dois primeiros anos de pontificado do Papa Francisco. 

Para padre Lombardi a primeira imagem marcante foi a acolhida e o abraço do Papa Francisco ao líder islâmico Omar Abboud e o rabino Abraham Skorka no Muro das Lamentações, em Jerusalém, durante sua visita à Terra Santa em maio do ano passado. Este foi “um momento simbólico fundamental do diálogo e da paz na viagem do Papa à Terra Santa, num ponto absolutamente crucial para a paz no mundo”, definiu o porta-voz da Santa Sé. 

A segunda imagem destacada pelo diretor foi o gesto emotivo e sem precedentes do Santo Padre ao inclinar-se diante do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I (da Igreja Ortodoxa), na sede do Patriarcado de Constantinopla na cidade de Istambul, para pedir a bênção. “Quando Papa Francisco, no final da grande cerimônia na catedral ortodoxa em Istambul, em Constantinopla, pede, num certo sentido, a bênção do patriarca e a ele se inclina. Portanto, o momento da fraternidade e do diálogo ecumênico, o grande desejo de unidade dos cristãos”. 

A terceira e última imagem destacada pelo padre Lombardi, foi a série de encontros do Santo Padre com as crianças em visita às Filipinas. “Estas multidões de pessoas cheias de afeto, desejosas de ver o Papa, de amá-lo, de manifestar o seu entusiasmo que apresentam as suas crianças. Portanto, este sentido de alegria, de esperança perante o Papa, de um povo que olha o seu futuro com esperança apresentando-lhe as crianças e as novas gerações da Ásia e da humanidade”, sublinhou.

Nesses 24 meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil, a Terra Santa, a Coreia do Sul, a Albânia, a Turquia, o Sri Lanka, as Filipinas e a cidade francesa de Estrasburgo, onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa. Realizou também sete viagens dentro da Itália, incluindo a visita à ilha de Lampedusa e uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial. 

Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe também reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho). O Papa Francisco iniciou ainda um Sínodo sobre a Família, em duas sessões, com consultas a todas as comunidades católicas sobre a realidade atual e os desafios da família e sua vocação e missão.

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