Na vastidão deste imenso Brasil, hoje e nos próximos dias, há um sentimento que irmana a maioria dos brasileiros. A Semana Santa, com suas cerimônias litúrgicas, faz brotar em toda parte um clima diverso do que habitualmente vivemos.
A presença mais viva da Paixão de Cristo e o seu significado redentor provocam uma notável mudança de atitude neste período santo. Mais uma vez celebramos com reverência, respeito e amor a Semana Santa, a semana maior do calendário cristão.
É na Semana Santa que somos convidados à verdadeira conversão.
Esta semana vai desde o Domingo de Ramos até o Domingo da Páscoa e, sem dúvida, é um dos maiores tesouros do ano litúrgico, pois nela se realizaram e agora se repetem os maiores acontecimentos da História da Salvação.
Seria lamentável, pois, reduzir a Semana Santa a um mero tempo de descanso, quando estes dias deveriam ser aproveitados para refletir sobre os passos mais decisivos da jornada terrestre de Nosso Senhor Jesus Cristo.
:: A Cantata da Paixão de Santo Afonso de Ligório
No Domingo de Ramos, com a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, nós somos convidados para ver se realmente em nossas vidas estamos aclamando Cristo ou condenando-o.
A Quinta-Feira Santa nos traz o impacto de um amor sem precedentes, externado na instituição da Eucaristia e no Lava-pés.
A Sexta-Feira Santa recorda para os cristãos a paixão e morte brutal de Cristo.
As forças do mal mataram um homem que só fez o bem, algo que continua a acontecer hoje.
O Plano de Salvação de Deus foi concretizado na morte de Jesus; por isso, nossa tristeza e desânimo durante o Sábado Santo, que é um dia de luto e de reflexão sobre o Cristo sepultado, cedem lugar aos cantos de alegria e de Aleluia na Vigília Pascal.
No Domingo de Páscoa estamos diante do milagre da gloriosa Ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição trazem consigo a ideia de passagem e libertação. A passagem do amor sem limites que vence o poder do pecado e da morte; assim perdoa e liberta a consciência de suas falhas. A Páscoa do Senhor, como podemos ver no Antigo e Novo Testamento, embora incluindo uma libertação dos males físicos e mentais, não se limita a isso.
A Páscoa do Senhor realmente entra no santuário da consciência e exige de nós compromissos de vários tipos. Compromissos pessoais com Deus, refletidos em nossas vidas de cristãos. Compromissos de fé e de moral com a Lei de Deus, compromissos com a Igreja, compromissos com os irmãos mais pobres e marginalizados, compromissos com a caridade e a Lei do Amor Recíproco.
Basicamente podemos afirmar que a Páscoa é a passagem de Cristo por cada um de nós, por cada família, por nossa sociedade, para nos libertar do egoísmo, da falta de amor e das injustiças. Ressuscitado, Ele ganhou o título de Libertador porque teve a coragem de sofrer e de humilhar-se por nós.
Enquanto nós não formos capazes de viver num espírito de genuína concórdia e fraternidade, enquanto não conseguirmos eliminar, ou pelo menos diminuir o egoísmo, o hedonismo, o espírito de competição desigual, o materialismo desenfreado e as injustiças, não haverá a paz, a alegria e a felicidade que todos nós almejamos.
:: A cruz é garantia da ressurreição
A Páscoa é, realmente, a consciência de que Jesus Cristo está em nós e nós estamos Nele, e assim caminhamos, no desejo de construir um mundo melhor marchando para a Casa do Pai. Pelos desígnios misericordiosos deste mesmo Pai, Cristo nos salva e nos liberta. Ele exige de nós coragem para testemunhá-lo sem covardia e sem desânimo. Ele nos pede também solidariedade para compreendermos o sentido abrangente do amor fraterno e a dimensão social da consciência cristã. Morto numa cruz e sepultado, ressuscitou dos mortos.
Sua ressurreição, até hoje e para sempre, alimenta as esperanças de um mundo melhor e mais humano.
.:: Relembre uma mensagem do Padre Vítor Coelho de Almeida para viver a Semana Santa
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