Evangelho (Mt 22,15-21)

Evangelho (Mt 22,15-21)

“‒ De quem é a figura e a inscrição desta moeda? ‒ De César. ‒ Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” 

Os fariseus queriam indispor Jesus ou com o povo ou com as autoridades civis da época. Jesus não fugiu ao problema. Se o povo aceitava e usava moedas cunhadas pelo imperador, reconhecia sua autoridade. E, portanto, também devia pagar os impostos. Aceitar as determinações justas da autoridade civil não se opõe à obediência que devemos a Deus. Aliás, se queremos viver a justiça do Evangelho, temos de assumir todas as nossas responsabilidades civis, na sociedade, na economia, na política. Isso é consequência da caridade, da possibilidade nova de amor que recebemos. Temos de fazer tudo que pudermos para que a sociedade seja próspera, justa, respeitosa dos direitos principalmente dos mais fracos. E resistir, se necessário, às leis injustas. 

Oração

Senhor, não posso pensar somente em mim e nos meus. Não posso pensar só nas coisas espirituais da religião. Se quero ser fiel ao vosso Evangelho, tenho de assumir meu relacionamento com Deus e o cuidado espiritual por meus irmãos, mas também tenho obrigação de assumir minhas responsabilidades na sociedade. Ajudai-me a fazer o possível para que todos tenham casa, saúde, trabalho, salário justo, instrução e bem-estar geral. Dai-me a clareza e a coragem necessárias para eu participar da vida social, cultural, política e econômica de meu país. Não quero omitir-me, menos ainda com a desculpa que essas coisas não são de Deus. Ensinai-me a partilhar meus bens, para que todos tenham o necessário. Amém.