O silêncio e a adoração marcaram a celebração da Paixão do Senhor, celebrada na Sexta-Feira Santa, às 15h, no Santuário de Aparecida. A celebração do 2º dia do Tríduo Pascal foi presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e concelebrada pelo reitor do Santuário, padre Eduardo Catalfo e o ecônomo, padre Luiz Claudio Alves de Macedo.
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A Sexta-feira Santa tem como centro das celebrações a Cruz, símbolo do amor de Jesus por toda a humanidade. Durante a celebração das 15h, toda a Igreja Católica do mundo realiza a adoração da Cruz e a Comunhão Eucarística, com as hóstias consagradas na Quinta-feira Santa.
Na homilia da celebração da Paixão do Senhor, Dom Orlando refletiu citando Santo Afonso, responsável pela fundação da Congregação do Santíssimo Redentor, composta pelos religiosos zeladores da imagem da Mãe Aparecida.
O arcebispo também falou do calvário contemporâneo: “O calvário de Brumadinho (MG), o calvário de Suzano (SP), o calvário da comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o calvário dos portadores de câncer, dos que fazem várias horas de hemodiálise por dia, o calvário da desestruturação da família e o calvário da gente se sentir rejeitado em casa, na sociedade ou em qualquer lugar, até onde trabalhamos”.
Complementando do Orlando falou das cinco chagas do povo brasileiro: a violência, o desemprego, a corrupção, a destruição da natureza e as drogas. Para todas estas chagas, afirmou que a cura está nas políticas públicas, recordando o tema deste ano, da Campanha da Fraternidade.
Ele também elencou as chagas da Igreja, afirmando que são todas muito dolorosas. “As chagas da pedofilia, da falta das vocações religiosas, principalmente das meninas, a chaga dos que se afastaram da Igreja e que fazem desta Semana Santa um 'feriadão' e a chaga do martírio dos cristãos. Quanto sangue derramado na Terra Santa, em países muçulmanos, entre nós! Se matam cristãos mais do que antigamente, no inicio da igreja”, afirmou.
Encerrando sua homilia, o Arcebispo convidou os devotos a rogarem pela intercessão da Mãe de Deus, para viverem com fé e confiança a superação do sofrimento da cruz diária. “Hoje temos o privilégio de estar aqui, olharmos para a Mãe Aparecida e dizermos: Mãe querida, foi nesta hora que Jesus nos presenteou como Mãe. Nós te pedimos: Amai esses filhos e filhas que somos nós, com o mesmo amor que a Senhora amou Jesus e, por favor! Continuai, Mãe querida, de pé na nossa cruz, ao nosso lado, nos ajudando a seguir os passos do teu Filho Jesus.”
Com o término das celebrações, os devotos participaram da Procissão do Senhor Morto, que neste ano teve um novo trajeto. “A Procissão do Senhor Morto é um momento para meditarmos a morte de Jesus em profundo silêncio e oração. É como acompanharmos um cortejo fúnebre de sepultamento, tendo a oportunidade de pensar na Paixão e Morte de Jesus. E esse novo trajeto nos proporciona esse tempo maior de contemplação”, explicou o prefeito de igreja do Santuário, padre Eduardo Ribeiro.
O Tríduo Pascal será encerrado com a celebração da Vigília Pascal, no sábado (20) às 20h. Clique aqui para acompanhar a programação do Santuário.
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