A exclusão social, uma das piores chagas da sociedade brasileira, esteve no centro das leituras, reflexões e coreografias do quarto dia da Novena e Festa da Padroeira do Brasil, nesta segunda, 6, no Santuário de Aparecida.
A partir do tema: “Maria: Consoladora dos excluídos” a celebração buscou evidenciar o papel e a missão de Maria como aquela que intervém em favor do povo marginalizado.
Presidiu a cerimônia, o bispo de Guarulhos (SP), dom Edmilson Amador Caetano e foram oficiantes, os Missionários Redentoristas, padre Evaldo César de Souza, diretor do portal A12.com e padre José Manoel Belo de Oliveira, pároco da Matriz Basílica.
Entre os diversos momentos marcantes da celebração, a entrada da Imagem de Maria é sempre a mais esperada. Para esse momento foram representadas algumas pessoas que sofrem com a exclusão social: pobres, presos, jovens drogados, crianças famintas, e todos diante da Mãe Aparecida puderam sentir-se acolhidos e consolados em suas misérias.
Em sua homilia, dom Edmilson começou sua reflexão lembrando que neste ano o Santuário Nacional propôs a reflexão sobre os Mistérios Dolorosos da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Nesse sentido, o bispo indicou que a leitura dos momentos finais de Jesus não deve gerar “pena”, pelo contrário, deve levar todos a compreender “a dor de Jesus” e o que Ele quis deixar como mensagem para a humanidade.
“A resposta não pode estar na violência, na destruição da vida. Não pode estar aí a resposta que renova, porque não foi esta a resposta que Jesus deu”, assinalou dom Edmilson.
“Só podemos entender que se trata de um gesto de amor maravilhoso de Jesus. Jesus que mostra o amor e a misericórdia de uma maneira totalmente nova. O amor numa dimensão totalmente nova como resposta ao coração do homem ferido pelo pecado. Ele carrega sobre si todo o sofrimento, toda as mazelas da vida humana, todas as injustiças do mundo, para destruir na sua cruz, para dar uma resposta de amor”.
A entrega de Jesus na cruz e a forma como Ele respondeu diante do sofrimento sinaliza para toda a humanidade a atitude que deve ser dada diante da injustiça: a resposta do amor.
Nesse sentido, dom Edmilson sublinhou aos fiéis que na sociedade atual a resposta diante dos sofrimentos não pode ser a violência, a guerra, a discórdia.
“A resposta não pode estar na violência, na destruição da vida. Não pode estar aí a resposta que renova, porque não foi esta a resposta que Jesus deu”, assinalou.
Ao destacar a presença de Maria nos sofrimentos de Jesus, o presidente afirmou que Maria não buscou fazer “justiça com as próprias mãos”. “Ela se entrega com o Filho”, finalizou o bispo.
Ouça a homilia de Dom Edmilson na íntegra:
A reflexão proposta pela Novena tocou profundamente os fiéis neste quarto dia. Para Edna do Rio de Janeiro, a dor do irmão que sofre deve ser encarada como missão. Ouça o depoimento.
O rito celebrativo foi concluído com a presença de Jesus Eucarístico. Policiais em procissão acompanharam o Santíssimo Sacramento até o Altar, onde todos os fiéis puderam adorá-lo e louvá-lo.
Ao final, com a entrega das flores, os fiéis puderam chegar perto de Nossa Senhora Aparecida para agradecer ou rogar graças.
Veja a galeria de imagens da celebraçao:
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