Por Deniele Simões Em Notícias

“As igrejas têm muito a fazer pela paz”, afirma dom Roberto Ferrería

A Igreja e a sociedade organizadas podem fazer muito pela promoção da paz. Essa é uma das reflexões do bispo de Campos (RJ), dom Roberto Francisco Ferrería Paz, feita durante a coletiva de imprensa da 53ª Assembleia Geral da CNBB, na tarde desta quinta-feira, dia 23.

Foto de: Deniele Simões / JS

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Dom Roberto Ferrería Paz, bispo de Campos (RJ),
ressalta esforço da Igreja nas ações pela promoção
do Ano da Paz

Dom Roberto falou sobre o Ano da Paz, aprovado por unanimidade pelo episcopado brasileiro na AG do ano passado, e que se estende até dezembro deste ano. Ainda de acordo com o bispo, após aprovação do Conselho Permanente foi elaborado um subsídio denominado texto-base do Ano da Paz.

A iniciativa mostra que a paz acontece em três momentos interligados. O primeiro é a chamada “paz agredida”, que é a falta de paz. O segundo, denominado "paz anunciada", corresponde ao Evangelho e às ideias de Jesus Cristo. Já o terceiro momento, chamado de "paz restaurada", consiste na proposta conjunta das igrejas para um mutirão de paz, em que as pessoas são convidadas a serem operadoras da paz.

“Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus. A gente se compromete, como Igreja, a uma prática de paz”, disse dom Roberto, ao explanar sobre o momento vivido pela sociedade brasileira, em que a violência incide no seio familiar e nas escolas.

Dentro do Ano da Paz, uma das propostas para enfrentar o problema é a criação de uma aliança entre a Igreja, a escola e as famílias. “Devemos formar para a paz e para a convivência, através da educação para a não-violência”, ressaltou.

Dom Roberto também condenou o projeto que tramita no Congresso Nacional propondo a redução da maioridade penal para 16 anos. “Estamos construindo um estado penal, com quarta população carcerária do mundo e teremos mais violência”, prevê.

Ele cita a humanização das polícias como exemplo de ação pacificadora, mas alerta que medidas do tipo só podem ser eficazes acompanhadas de políticas que busquem o desenvolvimento social da população. Caso contrária, são inúteis.

O bispo também falou sobre a evangelização como instrumento de pacificação, citando a verdade, a liberdade, o amor e a justiça. A exemplo de São João XXIII, dom Roberto lembra que a paz é resultante desses quatro pilares. Ele reforça também que a missão e a própria Doutrina Social da Igreja primam sempre pela promoção da paz. 

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