Por Jovens de Maria Em Notícias Atualizada em 09 MAR 2020 - 16H24

DJ católico conta como foi evangelizado pela música eletrônica

Alan Nunes é paulistano, tem 19 anos, é DJ e toca música eletrônica cristã. Com dois anos de canal no YouTube, já contabiliza mais de 45 mil views na plataforma digital e tem viajado por vários estados do Brasil, tocando em baladas cristãs.

O Jovens de Maria conversou com o Alan e e descobriu como ele ingressou nesse trabalho e nessa missão, além, é claro, de trazer pra você curtir um pouco mais do trabalho dele.

foto de divulgação
foto de divulgação


Jovens de Maria - Como surgiu a ideia de ser DJ?

Alan Nunes - Surgiu num projeto em que eu participava aqui em São Paulo, chamado Cristo Dance, que fazia uma festa para jovens no salão paroquial. Ali eu passei a gostar de toda aquela batida, de ver as pessoas dançando, e disse pra mim: "nossa, como a música eletrônica desperta uma coisa boa! A gente pode se divertir, a gente dança, pula, canta!" Então eu comecei a gostar da música eletrônica em um projeto da Igreja e, quando eu tinha uns 12 anos, veio o convite pra ser DJ do Cristo Dance.

JM - Quais são suas referências musicais?

Alan - Sempre tive poucas referências, até pelo meio em que eu trabalho, que é a música eletrônica cristã, ter poucos DJs e produtores, mas tem projetos mais antigos que me inspiraram e  que fizeram a música eletrônica ganhar espaço dentro da Igreja, como o Heaven’s Dance e o projeto Sacramix. Então, no começo, quando eu não produzia música nenhuma, esses caras eram minhas referências e eu tocava as músicas cristãs deles.  Além disso, também trago como referência os DJs seculares Avicci e Martin Garrix.

JM - Você compõe as letras ou só a melodia?

Allan - Eu sou compositor e produtor de música eletrônica. Além de fazer toda a parte estrutural, parte eletrônica das músicas, eu também componho as músicas. Porque no meu meio de música eletrônica cristã, é muito importante que a melodia e a harmonia trabalhem junto com a composição, pois o importante é deixar uma mensagem em cada música. Eu não posso fazer uma música com um instrumental, uma batida super legal, se ela não tem uma composição cheia daquilo que eu quero transmitir, que é Deus.

JM - Por que fazer música eletrônica católica? Ela é um meio de evangelização?

Alan - Eu tive minha experiência mais profunda com Deus dentro do projeto Cristo Dance. Foi nele que eu pude perceber que a gente pode ser jovem e ser da Igreja. Quando eu era criança, eu via aqueles jovens cantando, pulando, dançando, mas eu também via aqueles jovens de joelhos, em adoração profunda e aquilo começou me inquietar. Eu olhava aquilo tudo e pensava: "que pessoal diferente, único!" E ali eu fui evangelizado e tive uma experiência com Deus. Dali, eu segui os passos daquele projeto e quis continuar ser evangelizador através do dom que Deus me deu, que foi ser DJ, fazer produção e compor. Então, eu escolhi a música eletrônica porque fui evangelizado por ela. Ela é um portal de entrada para o jovem, porque ele começa a olhar a Igreja com outros olhos. Tudo começa numa festa da Igreja, depois ele vai se aprofundando em retiros, em grupos de jovens, conhece mais a Liturgia e começa a entrar de cabeça no meio cristão.

JM - Ainda existem preconceitos em relação à música eletrônica na Igreja Católica?

Alan - Sim, muitas pessoas não conhecem a música eletrônica na Igreja ou apenas ouvem que vai ter uma festa aqui e outra ali e acham que é uma balada comum, que lá só vai ter gente dançando, gente sem fundamento nenhum, que é só botar um DJ e um monte de "jovem louco" pra pular. Mas não é só música eletrônica. Em todos os lugares que eu vou tocar, sempre tem missa, adoração, pregação. E as pessoas que nunca foram acham que é só uma baladinha, alguma coisa do mundo que está lá para seduzir o jovem. Existe muito preconceito por parte dessas pessoas que ainda não tiveram a experiência.

JM - Qual seu grande sonho para a música católica eletrônica?

Alan - Meu maior sonho é que esse gênero musical esteja em vários palcos e festivais católicos pelo país, para que eu e todos os DJs católicos possam transmitir aquilo que um dia nos foi confiado por Deus: essa missão e essa experiência de alegria e de renovação através da música eletrônica. Então, espero que os jovens possam sentir aquilo que um dia eu senti e outros evangelizadores sentiram: que você pode ser santo, sem deixar de ser jovem. Esse é meu sonho e meu objetivo.


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