Igreja

Epidemia de dengue: de quem é a culpa?

Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R.

Escrito por Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R

12 MAI 2015 - 08H30 (Atualizada em 28 FEV 2024 - 13H46)

A dengue continua a ser uma preocupação constante durante os meses de verão. Apesar de ser uma presença familiar, parece que ainda não estamos completamente preparados para lidar com essa epidemia. Em dados mais recentes, referentes a 2024, a situação nacional indica que a dengue persiste como um desafio muito significativo.

Em todo o país, houve um assustador aumento no número de casos. Estes números ressaltam a importância contínua da prevenção e controle da dengue ao nível nacional, evidenciando a necessidade de esforços concentrados para enfrentar essa ameaça à saúde pública.

Quem deve ser culpado pela epidemia?

Vem logo à nossa mente o slogan fácil “todo mundo tem que fazer a sua parte”. E parece mesmo que a população não tem feito o dever de casa, e nem mesmo na rua. Não faltam locais para surgirem criadouros do mosquito: água parada nos recipientes das plantas, nas calhas, no lixo e entulho que se acumula no quintal.

Na rua, persiste o péssimo hábito que temos de, sem perceber, jogar lixo na rua. Pense num pequeno papel jogado fora? Ele fica ali, não é recolhido devidamente, e acaba acumulando água, entupindo um bueiro, empoçando água em uma rua, uma calçada, enfim. Então, parte da culpa pela epidemia de dengue é nossa, de cada cidadão que não faz a sua parte na limpeza de sua casa, do quintal, e de toda a cidade.

:: O que você deve saber sobre a dengue?

A maior parte da culpa, no entanto, é do poder público. O poder público, talvez por falta de recursos, não realiza campanhas educativas constantes nos meios de comunicação, para convocar os cidadãos a fazerem a sua parte. A epidemia também pode ser sinal que os agentes de saúde não fiscalizaram todas as casas; ou que o “fumacê” não foi aplicado corretamente.

Em muitos locais, por exemplo, a paralisação na coleta de lixo por atraso no pagamento da empresa contratada, certamente leva ao surgimento de muitos focos. Este é apenas um exemplo da coleta de lixo, que não está normalizada em muitas cidades. Enfim: se hoje convivemos com uma epidemia de dengue, a responsabilidade maior é do poder público, especialmente das prefeituras municipais. Para piorar a situação, em muitos estados e municípios, as greves paralisam o já precário serviço de saúde.

O que podemos fazer?

Em primeiro lugar, a nossa parte para evitar a proliferação do mosquito. Ao mesmo tempo, devemos cobrar do poder público uma ação mais efetiva, tanto na prevenção à doença, como no atendimento dos enfermos.

:: Fique atento ao seu entorno e cuide-se!

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Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R.
Irmão Diego Joaquim, C.Ss.R

Missionário Redentorista da Província de Goiás

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